Nomeação doméstica de secretários é um preparativo para a reeleição. Uma possível chapa “puro sangue” leva Mauro Guerra (PV) para a Saúde.
É a única explicação para definir a decisão tomada na sexta-feira, dia 9, pelo prefeito José Ricardo Raymundo (PV), ao nomear o secretário da Educação, Mauro Eduardo Guerra para responder interinamente por outra pasta tão relevante como a da Saúde.
Desde a saída de Laércio Garcia, o governo municipal ficou sem opção. Todos os nomes cogitados para assumir a pasta recusaram a empreitada e, quem aceitou, foi preterido pelo grupo de apoio ao prefeito.
O jeito foi se ajeitar “em casa” mesmo. Para a educação, se for o caso de encaixar um substituto (a) para Mauro Guerra, o Executivo pode recorrer à assessoria do deputado federal Evandro Gussi (PV).
Já Moacir Ivo Pontalti Monari apesar de aparecer filiado ao PSDB, desde 2005, foi indicação de Gussi para ocupar a Secretaria de Governo e, desde ontem, dia 10, assumiu interinamente a Secretaria de Relações Institucionais, após a saída de Duda Gimenez (PSB).
Dias antes, a administração encontrou o substituto de Renan Pontelli (PSB), na Secretaria de Obras, dentro do próprio partido: o engenheiro civil Miguel Scarpelli.
Assim, o chefe do Executivo tupãense vai aos poucos voltando às origens e caminhando para o penúltimo ano de seu governo, com as principais Secretarias comandadas pelo PV ou por agentes políticos sem maiores pretensões nas eleições de 2020.
MINIRREFORMA
Para o prefeito Ricardo Raymundo, as mudanças fazem parte de uma minirreforma administrativa. Os exonerados são pessoas ligadas ao PSB e PSD – lideradas pelo vice-prefeito Caio Aoqui e Renan Pontelli, respectivamente. O próprio vice-prefeito perdeu a pasta de Turismo. Antes havia deixado Relações Institucionais e Cultura.
Outros agentes do PSD, como Ruy Oshiro (Finanças), Laércio Garcia (Saúde) e Israel Velloso da Silva Neto, o “Tutu”, suplente de vereador do PSD com 418 votos (diretoria do Sesi) deixaram seus cargos e ou estão de fora do governo.