Para o MP o ex-prefeito defendeu interesses particulares ilícitos ao promover saque na “boca do caixa”. Valores superam os R$ 2,2 milhões.
“É o famoso e sinistro saque na boca do caixa”. Foram com essas palavras que o promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social de Tupã, Rodrigo Garcia pediu à Justiça mais uma vez a indisponibilidade de bens do ex-prefeito Manoel Ferreira de Souza Gaspar (PMDB) e do empresário de Rancharia, Rodrigo Moura Thomé – ME, no valor de R$ 1.377.763,70, pela pratica de improbidade administrativa.
A ação de Gaspar de praticar o saque na “boca do caixa”, durante o Tupã Folia 2013, teria causado danos ao erário público e, ambos os envolvidos também devem perder os direitos políticos por até 8 anos, segundo o Ministério Público (MP). É a segunda ação civil pública movida pelo MP contra o ex-prefeito e sua família.
No primeiro processo, sobre o Tupã Folia 2014, além do próprio ex-chefe do Executivo tupãense e seu filho, o empresário Antônio Gustavo Ferreira de Souza Gaspar (PMDB), também estão envolvidos o ex-secretário de Finanças, Walter Bonaldo Filho (PMDB) e a tesoureira Luceli Aparecida Bombarda Agostinho. Neste caso, apenas Gaspar e seu filho tiveram os bens penhorados no montante de R$ 858.760,86. Somados os valores das duas ações, os bens totalizam R$ 2.236.524,56.
Os recursos devem ser suficientes para fazer frente aos prejuízos eventualmente causados aos cofres públicos, que segundo o MP importam na quantia de R$ 745.508,21. A primeira com saque na “boca do caixa” feito pelo filho do ex-prefeito em 2014, teve valor atualizado à época em R$ 286.253,62. Já o processo de 2013 totalizou um suposto prejuízo de R$ 459.254,59.
As duas denúncias foram representadas pelo ex-vereador Luis Alves de Souza (PC do B). O montante que deve ser ressarcido aos cofres da municipalidade são: por dano, mais a multa civil de duas vezes os respectivos valores sacados na “boca do caixa”.
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