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O evento pode emancipar o prefeito como um líder bolsonarista regional.
Tudo por enquanto não passa de especulação, mas há indícios de que o fato possa se confirmar. Um deles foi revelado ontem (6) durante uma live do prefeito Caio Aoqui (PSD), justificando o motivo do adiamento do show da Exapit, após forte chuva que caiu sobre Tupã.
– Eu e o vereador Tutu estamos em Rancharia por conta da campanha do Tarcísio e choveu muito forte por toda a região, disse, sem detalhar, e logo retomou o assunto principal.
A verdade é que o chefe do Executivo tupãense se tornou um garoto propaganda do Tarcísio de Freitas (Republicanos), como único prefeito que acreditou na vitória do afilhado de Bolsonaro.
Como contrapartida, é justo que seja considerado um expoente do bolsonarismo e, não deixa de ser uma forma de prestigiar os eleitores do município, num evento de cunho regional.
PRÊMIO MOTOCIATA
Dos 645 prefeitos do estado de São Paulo, mais de 500 estavam fechados com Rodrigo Garcia (PSDB), no primeiro turno das eleições, mas os eleitores, não estavam com o governador. A campanha de Rodrigo na região de Marília foi comandada pelos Camarinha.
Na microrregião de Tupã, pelo que se tem notícia, apenas dois prefeitos não estavam com o ex-governador: os prefeitos de Tupã e de Quintana, Caio Aoqui e Fernando Itapuã (PSC), respectivamente.
Já o chefe do Executivo tupãense abraçou Tarcísio, mesmo quando as pesquisas de intenção de votos colocavam em xeque a possibilidade de sequer chegar ao segundo turno. Agora, ele é o favorito para vencer as eleições.
O posicionamento credencia Caio Aoqui a receber como prêmio um passeio na garupa da moto de Bolsonaro, ao som do jingle “Tarcísio me leva”, pelas ruas e avenidas da cidade, sob olhares atônitos de seguidores e gritos de mito, mito, mito.
A lacração poderá ser anunciada pelo prefeito após a Exapit – Exposição Agropecuária e Industrial de Tupã.
ESQUADRILHA DA FUMAÇA
Há exatos 15 meses, o prefeito de Tupã, foi criticado por ter viajado 800 km ida e volta até Pirassununga para uma sessão de fotos ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu “staff” político que participavam de uma formatura de espadins da Academia da Força Aérea (AFA).
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Ele e o presidente da Câmara, Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru” (PSD) negaram que foram ao evento apenas para tietar a caravana de Bolsonaro. À época, a assessoria dos políticos não informou nenhum compromisso oficial da delegação tupãense à terra da Cachaça 51.
Após os selfies, o prefeito e o parlamentar fizeram postagens ao lado de Bolsonaro, Hamilton Mourão, vice-presidente, e os ex-ministros Walter Braga Netto (Defesa) e Onyx Lorenzoni (secretaria-geral da Presidência da República).
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Em resposta, o prefeito foi enfático: “Eu não fui atrás do Bolsonaro. Fomos para falar com o ministro Onyx Lorenzoni, sobre recursos da saúde de 2020, que será remanejado neste ano (2021). E para solicitar ao comandante da Força Aérea a Esquadrilha da Fumaça, para o aniversário da cidade. Eu nem sabia que o presidente estava lá”.
A visita foi em 9 de julho, três meses depois, Tupã completou 92 anos de emancipação político-administrativa e não veio nenhuma resposta sobre a reivindicação.
A população só comeu um bolo, servido na Praça da Bandeira. Para a festa dos 93 anos, dia 12 de outubro, o bolo já foi encomendado, não se tem notícia sobre a Esquadrilha da Fumaça, mas que tal uma Motociata do Mito?
Ainda que não seja evento oficial em comemoração pela emancipação político-administrativa de Tupã, será um deleite para a maioria dos eleitores e a confirmação de que Caio Aoqui segue predestinado.
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