Fazer festa à revelia compromete a segurança da população e da cidade. Falta de planejamento é um risco nesta época do ano.
O comando superior da Polícia Militar já havia manifestado preocupação com a desorganização da prefeitura de Tupã, em relação aos grandes eventos que vinha promovendo nos primeiros anos da administração de Manoel Gaspar (PMDB). Sem planejamento e à revelia, as ações políticas intempestivas refletiam no trabalho da corporação.
Essas atitudes desencontradas são agora compreendidas quando às vésperas do Carnaval, o prefeito anuncia que não teria Tupã Folia 2016 e, dias depois, volta atrás para repentinamente afirmar que “decidiu” atender aos apelos de blocos e foliões. A trapalhada comandada pelo vereador Antônio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP), coloca em xeque a segurança do circuito.
Assim, blocos e seus foliões e a própria população fica exposta a um reduzido esquema de segurança desenvolvido pela Polícia Militar que com muita antecedência planeja ações de prevenção e de policiamento ostensivo para reprimir desde atos de desordem, violência e de crimes contra o patrimônio e até contra a vida.
Descompromissados com tudo isso e alheios as necessidades da PM e da população, os integrantes da “Comissão Organizadora” não tiveram qualquer preocupação com o quesito segurança. A Polícia Militar de Tupã tem efetivo reduzido e, por consequência, quando o prefeito confirmou que não teria Carnaval, essa informação já havia sido retransmitida para o Nono Batalhão da PM em Marília.
Desta forma, o efetivo teria sido remanejado para outras localidades que iriam promover a Festa de Momo. A reportagem manteve contato com o comandante da Segunda Companhia da PM em Tupã, tenente Wander Zambelli, mas ele não foi encontrado para falar sobre o assunto.
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