A polêmica competição faz jus ao homenageado: Cláudio Machado Gomes, “Banana” esteve na mira da PF e teve os bens bloqueados pela Justiça.
O polêmico Campeonato Varzeano de Tupã iniciado em 2014 termina neste domingo (25) com o jogo Nacional EC e o EC Cohab 3. A competição promovida pela Liga Municipal Tupãense de Futebol (LMTF) foi cercada de desorganização. Faz jus ao homenageado Cláudio Machado Gomes, “Banana”. Atualmente a entidade é presidida por Adilson Micalli, “Jacaré”.
Como houve o retorno dos mandatários à LMTF, resolveram homenagear o ex-presidente “Banana” pelos supostos relevantes serviços prestados ao futebol amador de Tupã. É possível que o ex-dirigente tenha feito algo pelo futebol do município, mas também não deixou saudades. Envolvido em um esquema de desvio de dinheiro público, teve os bens indisponíveis pela Justiça e foi investigado até pela Polícia Federal sobre o envolvimento da Liga com a pratica de bingo.
Mas como diz o ditado “pau que nasceu torto vai morrer envergado”, Banana não se intimidou e mentiu até para a poderosa Polícia Federal que prendeu mensaleiros do PT, diretores da Petrobras e donos de grandes empreiteiras. Mentiu para se beneficiar. Com o retorno da velha guarda à Liga, Banana foi homenageado.
A atual diretoria o vê como um benfeitor, assim como o PT vê heroísmo dos quadrilheiros do mensalão. Por mentir na Polícia Federal, Banana é sempre lembrado pelo seu criador e na Administração de Manoel Gaspar (PMDB) foi contemplado com um cargo em comissão na Secretaria de Esportes. Exonerado a pedido da Justiça, aguarda a criação de novas nomenclaturas de cargos pela Câmara, para tentar retornar ao quadro do funcionalismo público.
BOLA FORA
Banana presidiu a liga até abril de 2007 e no período que esteve no comando foi acusado de desviar recursos da prefeitura que eram repassados para a realização de competições amadoras. A denúncia foi feita pela Rádio Cidade FM (91,5). A metodologia criminosa usava a taxa de arbitragem para desviar recursos públicos através de um esquema de notas frias, durante o primeiro mandato de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), porém, acredita-se que o esquema já vinha sendo praticado muito antes. À época, a prefeitura repassava à Liga cerca de R$ 7, 5 mil mensais.
lém desse esquema de “prestação de contas” com notas frias e falsificação de documentos, Banana esteve na mira da Polícia Federal por causa do Bingo Tupã que funcionava no prédio da Casa de Portugal. A casa de jogo de azar aparecia no nome da Liga e quando agentes lacraram o estabelecimento encontraram parte do patrimônio da Câmara sendo usado pela contravenção. O Legislativo era presidido por Antônio Alves de Souza, “Ribeirão” (PP).
Hoje, Banana se vangloria de ter enganado a Polícia Federal para encobrir a verdade. Como prêmio recebe cargo público e é homenageado pela Liga Tupãense de Futebol subsidiada com dinheiro público. É bem capaz de haver comemoração regada à bebida e comida com o dinheiro do contribuinte para homenagear um mentiroso e possível autor de falsidade ideológica. A desgraça na vida de Banana teve início em 2007 quando tentava seguir como presidente da Liga através de um terceiro mandato.
Com apoio de Ribeirão, Banana foi eleito presidente da LMTF em 2002, no segundo mandato de Manoel Gaspar, foi reeleito após três anos e alterou o estatuto da entidade para forçar um terceiro mandato. Impedido pela Justiça não realizou eleição. Foi através de uma liminar que Cícero Aparecido Paulino, “Cirsão”, chegou à presidência da Liga a qual comandou até 13 de janeiro de 2013.