Vereador quer indenização de R$ 50 mil, após pedido de impeachment

Paulo Henrique Andrade diz que foi difamado por idosa que fez a denúncia. Ouça texto

O vereador Paulo Henrique Andrade, o “PH” (PSDB) pede indenização no valor de R$ 50 mil por eventuais danos morais praticados pela idosa Tereza de Lourdes Anastácio, autora do pedido de impeachment, após confusão na sessão ordinária da Câmara de Tupã, do dia 22 de maio.

O procedimento judicial que deverá ser protocolado no Juizado Especial Civil da Comarca de Tupã consta da defesa apresentada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar – endereçada aos vereadores Eduardo Akira Edamitsu (PSD), Antônio Alves de Sousa, o “Ribeirão” (PP) e Israel Velloso da Silva Neto, o “Tutu” (PSD).

Além de questionar o procedimento de investigação contra ele e desqualificar a denúncia apresentada que originou a instalação do processo que poderá ensejar no seu impeachment, PH acredita que foi ofendido em sua honra.

“Além de falsa imputação de crime ao autor, na peça de “denúncia”, a ré ofendeu demais sua honra ao chamá-lo de covarde, monstro, cruel, egoísta e de que levaria vantagem em cima do povo, lucrando com os exames pagos pelas Prefeituras de Tupã e outras da região, além de imputar ao vereador crimes de ameaça e de lesão corporal”, de acordo com a defesa do edil.

Por tudo isso, PH alega “que sofreu dano moral, prejuízos, ofensa material e transtornos e o que resta a denunciante Tereza Anastacio ser punida pelos seus atos praticados e omissões constatadas, atribuindo o dano moral no valor de R$ 50 mil”, conforme consta do esboço juntado em sua defesa ao Legislativo.

O PEDIDO

Tereza Anastacio alega ter sido agredida pelo vereador

Tereza de Lourdes Anastacio protocolou o pedido de impeachment no dia 12 de junho, após um tumulto registrado na noite do dia 22 de maio, durante sessão camarária.

Este foi o segundo pedido de impeachment de Andrade, após a constituição de uma Comissão de Ética para avaliar o decoro parlamentar. O primeiro foi em novembro de 2022, em plena atividade de protestos antidemocráticos espalhados pelas portas de quartéis de todo o Brasil.

Antes da aprovação do Código de Ética Parlamentar, a vereadora Claudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo” (PP), também passou por situação semelhante, mas se livrou dos procedimentos com o consentimento unânime dos nobres legisladores.

Leia também: Entidade e ex-vereador fazem representação contra líder de protestos

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *