Entre os casos ocorridos no Brasil e condenados pela Unesco destaca-se o assassinato do dono do jornal “O Grito”, distribuído em Santa Luzia-MG. A prefeita da cidade desviou R$ 20 mil da Secretaria de Saúde para pagar pelo crime.
Brasil – Em 2016, cinco jornalistas foram mortos no Brasil por causa de sua profissão, alçando o país ao sétimo lugar no ranking mundial de nações que são palco de crimes contra repórteres.
O levantamento faz parte de um estudo da Unesco (braço da ONU para educação e cultura) chamado “Tendências Mundiais em Liberdade de Expressão e Desenvolvimento de Mídia”, a ser publicado nas próximas semanas.
Ele revela que, em média, um jornalista é assassinado a cada quatro dias no mundo. Nos últimos 11 anos, 930 profissionais de imprensa foram mortos.
Em primeiro lugar no ranking surgem, empatados, Afeganistão e México, cada um com 13 jornalistas mortos em 2016. O país latino-americano caminha para igualar ou superar esse montante em 2017: houve até agora dez assassinatos de jornalistas ali.
O Iêmen, que enfrenta uma guerra civil desde 2015, ocupa a vice-liderança da classificação, com 11 assassinatos.
A impunidade nesse tipo de crime é alta: a cada dez casos, apenas um é resolvido.
O índice alarmante motivou as Nações Unidas a declarar o 2 de novembro como Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
Para a Unesco, a impunidade encoraja o assassinato de jornalistas e os intimida no exercício da profissão, criando um ciclo de cerceamento da liberdade de imprensa.
Entre os casos ocorridos no Brasil e condenados pela Unesco destaca-se o do assassinato de Maurício Campos Rosa, 64, dono do jornal “O Grito”, distribuído em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em setembro passado, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), prefeita da cidade, foi presa por suspeita de envolvimento no assassinato de Rosa. A Polícia Civil concluiu que ela teria desviado R$ 20 mil da Secretaria de Saúde para pagar pelo crime.
Fonte: portalcm7.com e informações da Folhapress.