A sessão da Câmara que aprovou o Estatuto do Magistério tupãense foi uma verdadeira “Torre de Babel”. A comunicação do óbvio foi truncada e poucos conseguiram entender. Confesso que quase nada entedi.
Além dos professores que tinham interesse na matéria, tinha o Executivo que a defendia e, por conseqüência, a secretária da Educação, Carla Ortega. Além dos professores, do Executivo e da secretária, tinha outro ainda mais interessado na matéria. O vereador Valdemar Manzano (PPS).
Ele deve ter sido o único vereador que efetivamente estudou a matéria, muito mais que os próprios professores que se limitaram a assinar o suposto projeto, acreditando que serão efetivamente beneficiados pelo mesmo.
Os demais vereadores, como Valdir de Oliveira, “Valdir Bagaço” (PDT), Valmir Zorato e “Padre Paçoquinha” (PTB), só sabiam da obrigação para pagar com o voto favorável ao prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) o que recebem em troca na “parceria”.
O líder do prefeito, Lucas Machado (PSDB) óbvio. A mulher do vice-prefeito, Lucilia Donaldelli (PV), a tucana Telma Tulin e os integrantes do G-4, Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP), Danilo Aguillar Filho (PSB), Luiz Carlos Sanches (PTB) e Augusto Fresneda Torres, “Ninha” (PSDB) já votam por conveniência do balcão de troca mantido pelo Executivo.
Assim sendo, os mestres, só tinham um defensor entre os interesses do prefeito e da categoria, Valdemar Manzano. Mas Manzano foi o bobo da corte. Um defensor de quem aplaudia o voto contrário.
Tudo o que aconteceu na sessão daquela noite (20), me fez repensar a celebre frase do pastor protestante americano, Martin Luther King, proferida há décadas e, que até então, a considerava ainda atual apesar dos tempos. “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
Mas tudo depende do ponto de vista. Têm bons que saem do silêncio e gritam. E há os maus que “gritam” em silêncio? Ou os bons ficaram mesmo em silêncio como retrata a frase de King? Não sei. Não consegui entender.
Aliás, o que sei, foi o que assisti pela TV Câmara. Vi um defendendo todos que se voltaram contra o defensor. Mas até onde consegui entender, “todos” não entenderam nada. Ou fingiram não entender?
Talvez o vereador Manzano tenha contrariado a lógica? Mas qual era a lógica? O que sei é que o barulho do plenário exigia a aprovação daquilo que os possíveis “bons”, não só ficaram em silêncio e se omitiram diante de uma platéia que fez o barulho que os “omissos bons” deveriam fazê-la.
Pergunto: mas onde estão os bons da frase de King? Será que os “bons” não foram os barulhentos? Ou King tinha razão quando disse que “o que lhe preocupava não era o grito dos maus”?
Ora, se o óbvio não é compreensível, como posso ser petulante e acreditar que conseguiria decifrar o indecifrável. Manzano estava a favor do magistério e pelo que entendi, o magistério estava contra ele. Não necessariamente contra ele, mas a favor do grupo.
Mas nunca vi alguém sozinho querer defender alguém em grupo que prefere a “defesa” do ataque. Manzano profetizou igual Martin Luther King? “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos Bons”. Mas onde estão os bons, que se omitiram e jogaram na fogueira o defensor daqueles que não precisavam dela?
Então, cheguei a uma conclusão óbvia, porém confusa: a Câmara derrubou a celebre frase de Martin Luther King, “o que me preocupa não é o silêncio dos bons. É o grito dos maus.” Mas quem são os maus da história? É subjetiva a frase de Martin Luther king.
Ela pode servir tanto de um lado como de outro. Depende do ponto de vista. Entretanto, sobre essa tese eu tenho “quase” duas “teses” a partir da Câmara de Tupã. “Me preocupa tanto o silêncio dos maus, quanto o barulho dos bons. Ou me preocupa tanto o barulho dos bons, quanto o silêncio dos maus?
Confesso que não entendi nada. Acredito, que nem os mestres dos mestres entenderiam. Martin Luther King, teria que proferir outra frase. Essa não serviu.
Talvez, a frase da bolacha seria mais apropriada para o momento. “Vende mais porque é fresquinha ou é fresquinha porque vende mais”? (Tostines).
O Barulho:
A politicagem da nossa abençoada cidade é promíscua, é angustiante, já sofri na pele a pressão psicológica.
Na verdade, pessoas que não tem Deus, não vivem e não faz nada para o bem da humanidade.
Muita falsidade, vivem na mentira, se escondem atrás de um terno com gravata.
Se observassem e vivessem à Lei de Deus, a nossa cidade e a nossa vida cotidiana seria bem diferente.