“Eu não aceito participar de um governo que não tem responsabilidade política. A administração de Ricardo Raymundo não sabe a dimensão do PSDB e o quanto que o partido poderia contribuir com recursos do governo do estado”, disse o presidente tucano Edson Schiavon.
A frase foi propagada logo após a reunião do Conselho de Ética com os vereadores tucanos Pastor Eliézer de Carvalho e Telma Tulim. Acredita-se que os dois não terão coragem de contrariar os interesses do partido.
O PSDB também garantiu que ficará de olho para verificar se os dois votarão com a base aliada do prefeito, mesmo quando a matéria não for relevante para a população. A preocupação é que haja acordo extraoficial em troca de cargos na administração.
Aliás, o PSDB conhece muito bem a vereadora Telma Tulim e seus interesses de cunho pessoal. Já o Pastor Eliézer, apesar de novato se encantou com a possibilidade de comandar a liderança do chefe do executivo, diante da possibilidade de também nomear alguns apoiadores em cargos de segundo escalão.
Todo o enredo só será efetivado se o prefeito viabilizar de fato a maioria na Câmara. Sem o acordão, não haverá anúncio, criação de Secretarias, Divisões e cargos para abrigar os opositores contemplados. Aliás, os vereadores da situação ameaçaram rebelião e também exigiram o mesmo tratamento. Secretários técnicos cogitaram pedir exoneração. Telma Tulim e Tiago Matias (PR) enfrentaram maior rejeição dentro do PV e da administração.