Outro motivo, a necessidade de percorrer estradas rurais de difícil acesso, como esta que gera reclamação dos moradores do distrito de Universo. “A camionete é um veículo alto, no caso de atravessar uma enchente como acontece em São Paulo”, disse o prefeito José Ricardo Raymundo ao jornal Diário.
De fato, São Paulo sofre com enchentes, inundação e alagamentos. A própria cidade de Tupã sem as obras de macrodrenagem enfrenta constantes alagamentos em períodos de chuvas prolongadas, e arrasta carros de pequeno porte. Na nota abaixo, não há referência a palavra “enchente” citada pelo prefeito, segundo o jornal Diário, edição de hoje, dia 4.
NOTA À IMPRENSA
Sobre a aquisição da caminhonete, a Prefeitura de Tupã esclarece que a opção em adquirir este tipo de veículo se deve à necessidade de contemplar as necessidades apresentadas pelo chefe do Executivo, que constantemente é obrigado a se deslocar para cidades distantes como São Paulo e Brasília para tratar de assuntos de interesse do município (como assinatura de convênios, liberação de recursos, entre outros), além da necessidade de visitar periodicamente estradas e propriedades rurais, muitas vezes de difícil acesso, a fim de fiscalizar e acompanhar obras e serviços que estão sendo executados na zona rural.
Este tipo de veículo contemplaria ambas as necessidades, ou seja, servir como meio de transporte seguro e econômico para longas viagens, já que a prefeitura não utiliza recursos públicos com passagens aéreas, além de atender às necessidades diárias, sobretudo com relação às ações na zona rural.
Vale ressaltar também que o veículo oficial atualmente utilizado, modelo Jetta, foi adquirido há mais de 10 anos. O veículo, que conta com mais de 267 mil quilômetros rodados vem apresentando alto custo de manutenção. Para se ter uma ideia, o veículo, que pela Tabela Fipe é avaliado em cerca de R$ 30 mil, gerou despesas de mais de R$ 27 mil em reparos e manutenção em apenas 1 ano e 3 meses. Ou seja, em apenas 1 ano e 3 meses, a prefeitura gastou com ele o equivalente ao seu valor de mercado.
A prefeitura destaca ainda que o processo licitatório obedece todos os preceitos legais, objetivando atender os princípios da legalidade, economicidade, impessoalidade, transparência, moralidade e eficiência.