O assunto já estaria sendo tratado pelo Executivo e a Câmara. Gratuidade chega a 53% e 21 mil pessoas são transportadas por mês.
A matéria postada no blog na segunda-feira (27) sob o título “Crise no transporte público de Tupã”, originou uma série de reuniões nos bastidores políticos para tentar contornar a situação que poderia levar a Cooper do Brasil a abandonar o serviço de transporte público em Tupã exatamente após (2) dois meses do início dos trabalhos.Os fatos foram confirmados nesta sexta-feira (31) pelo presidente da Cooperativa de transporte, Cícero Sebastião de Araujo e em seguida ratificada pelo diretor Laércio Ezequiel dos Santos (foto). Em entrevistas à Rádio Cidade FM, houve insinuação de um suposto pré acordo sobre a possibilidade de a Prefeitura subsidiar despesas com aposentados, estudantes e deficientes. “A legislação federal não permite, mas existiria a possibilidade numa lei municipal”, disse Santos.
Deixou escapar que o assunto estaria sendo tratado pelo Executivo e a Câmara, através do presidente do Legislativo, Antonio Alves de Sousa, “Ribeirão” (PP). A reportagem anterior abordava que essa possibilidade pode ter sido aventada para convencer a empresa vir para Tupã, mas nesse caso, a Cooper teria vencido mesmo a licitação?
De acordo com a direção da Cooper, Não houve nenhuma pesquisa de mercado para a empresa vir para Tupã. “Viemos no escuro porque a empresa que atuava em Tupã não nos forneceu nenhuma informação para subsidiar a pesquisa”, completou Santos. Estranho para uma empresa que atua num grande centro participar de uma licitação sabendo que poderia vencê-la, mas sem ter conhecimento de mercado. Além de desconhecer o campo de atuação prometeu um serviço de “primeiro mundo”, apontava o prefeito Manoel Gaspar.
As desconfianças do passado deram lugar à certeza de algo no mínimo estranho no ar. Depois da demissão de motoristas e redução de horários na segunda-feira, quando usuários esperaram até por (3) três horas em pontos sem o ônibus passar a correria para contornar o impasse foi grande.
No dia seguinte (28) houve reunião entre o Executivo e diretores da empresa para um novo direcionamento e readequação dos horários para diminuir o prejuízo que a Cooper estaria sofrendo por conta da falta de subsídio público. “A gratuidade no transporte público chega a 53%. Agora temos as informações. Por mês transportamos 21 pessoas e mais da metade de forma gratuita”, apontou Santos.
Sobre o questionamento de que se houver concessão de subsídio para a Cooper também teria que haver para mototaxistas o diretor ponderou alegando “que idosos, deficientes e estudantes não andam de mototaxi”. Por dia os mototaxistas transportariam cerca de 3 a 4 mil usuários do sistema.
Nas declarações do diretor da Cooper do Brasil sobraram criticas até contra a empresa Guerino Seiscento “pelo desserviço prestado ao transporte público de Tupã”, emendou Laércio Santos pelo fato da ex-concessionária não ter colaborado com informações à Prefeitura.
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