Customize Consent Preferences

We use cookies to help you navigate efficiently and perform certain functions. You will find detailed information about all cookies under each consent category below.

The cookies that are categorized as "Necessary" are stored on your browser as they are essential for enabling the basic functionalities of the site. ... 

Always Active

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

No cookies to display.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

No cookies to display.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

No cookies to display.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

No cookies to display.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

No cookies to display.

“A corrupção é um problema cultural do brasileiro”, diz Promotor Roberto Livianu

Para Livianu, não podemos nos conformar com a corrupção. Fotos: Matra
Para Livianu, não podemos nos conformar com a corrupção. Fotos: Matra

“É preciso rever o ‘jeitinho brasileiro’, em que a pessoa quer levar vantagem em tudo”, disse o Promotor de Justiça, Roberto Livianu, durante a palestra “Controle da Corrupção”, realizada na segunda-feira (27) no Univem. A explanação aconteceu dentro da 31ª Semana Jurídica do UNIVEM e contou com a parceira da MATRA.

Para o Promotor, a corrupção é um problema cultural do brasileiro, por isso é necessário ocorrer uma mudança de mentalidade. Sobre isso, Livianu levantou uma questão para a plateia. O palestrante perguntou quem era a favor da corrupção. Em seguida, perguntou se alguém aceitaria um cargo público em Brasília para receber um salário de R$ 30 mil e não precisar efetivamente trabalhar.

O problema da corrupção na administração pública, segundo Livianu, é que o patrimônio público não tem um dono, pois é de todos, por isso há o pensamento de que não se está lesando a uma pessoa especificamente.

Outro ponto levantado por Livianu se refere ao voto. Segundo ele, a última eleição presidencial demonstrou que a corrupção não é um fator decisivo na hora de votar. O conformismo com a corrupção acontece por falta de confiança no governo e na Justiça.

Para mudar essa situação, Livianu sugeriu uma reforma política. Para o Promotor, o que acontece atualmente é o “enraizamento” dos políticos, que chegam a ocupar um cargo político por dez mandatos seguidos. “República significa alternância de poder, por isso, na minha opinião, uma pessoa não poderia ocupar mais do que dois mandatos no mesmo cargo. Isso vale também para os órgãos de Justiça”, disse Livianu.

Outro ponto sugerido foi rever o financiamento das campanhas políticas, pois os partidos recebem valores altíssimos de empresas privadas, o que gera “troca de valores”. Ao assumir o poder, o político passa a dirigir as licitações para contratar somente as empresas que financiaram sua campanha.

Livianu perguntou à plateia se alguém aceitaria um cargo público em Brasília para receber salário de R$ 30 mil sem efetivamente trabalhar.
Livianu perguntou à plateia se alguém aceitaria um cargo público em Brasília para receber salário de R$ 30 mil sem efetivamente trabalhar.

Também é necessária a criação de uma cláusula de barreira dos partidos que não tenham grande representação. “O problema é que esses partidos nanicos podem vender tempo de televisão em campanhas eleitorais, além de receber verbas do fundo partidário”, falou.

Por fim, Roberto Livianu disse que a transparência das contas públicas é um importante instrumento de combate à corrupção. Quando a população tem acesso às informações públicas é capaz de fiscalizar a atuação dos políticos.

Ao final da palestra, o Promotor concedeu autógrafos em seu mais recente livro, “Corrupção – Incluindo a nova Lei Anticorrupção”.

Roberto Livianu é promotor de Justiça, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo, presidente do Movimento do Ministério Público Democrático, autor do livro “Corrupção e Direito Penal – Um Diagnóstico da Corrupção no Brasil”, 2006 e idealizador e coordenador nacional da campanha “Não Aceito Corrupção”, lançada em 2012.

Fonte: Matra

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *