A investigação foi iniciada pela DIG para apurar formação de quadrilha para a pratica de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
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A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Tupã-SP trabalhou por dois anos para desmistificar a organização de pessoas constituídas para a prática de pirâmide financeira, lideradas por Anderson de Oliveira, o “Salgado” e sua esposa Aline Barbosa da Silva.
Entre os investigados estão os envolvidos diretamente no esquema e até policiais que terão suas condutas apuradas pelas Corregedorias.
O processo de investigação realizado sob a reponsabilidade da delegada Milena Davoli Nabas de Melo Já está na Justiça Federal de Tupã.
Os passos do fundador do Group Lance Certo já vinham sendo monitorados pela Delegacia Especializada. A titular Milena Davoli ratificou que de fato já acumulava informações sobre o “Salgado”, a partir de setembro de 2019.
– Postagens feitas em suas redes sociais e de carros de luxo de uma revenda de veículos cujo nome fantasia é “Rota 10 Multimarcas” com razão social em nome da mulher dele, Aline Barbosa Da Silva Veículos Ltda, fazem parte de uma coletânea de fotos que ilustram o inquérito policial. Seus advogados têm conhecimento de todo o procedimento, encaminhado à Justiça Federal, disse a delegada.
A empresa com endereço onde funciona a sede do Group Lance Certo, na Avenida Dr. Edu Teixeira de Mendonça, 575, Jardim América foi aberta em 14 de maio de 2019, com um capital de R$ 20 mil. Sua atividade principal é o comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários usados. À época, a garagem exibia veículos luxuosos.
Mas foi a partir de julho de 2020, antes da inauguração do Lance Pub & Bar, em novembro do mesmo ano, que a Polícia Civil iniciou oficialmente as diligências para apurar a pratica de pirâmide financeira.
Concluído o procedimento depois de dois anos, a autoridade encaminhou ao Judiciário para remeter o processo para a competência da Justiça Federal, por envolver crimes que não são da jurisdição da autoridade local.
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ROTA DA ORGANIZAÇÃO
Para investigar uma organização para fins de praticar a pirâmide financeira a Polícia se desdobrou num profundo levantamento para indiciar “Salgado”, cooptadores de investidores e eventuais laranjas no esquema para promover lavagem de dinheiro.
De acordo com o portal Conteúdo Jurídico, os crimes de lavagem de dinheiro são extremamente dinâmicos e perniciosos para a sociedade, consistindo em ocultar os bens e valores obtidos ilegalmente em ativos lícitos, sendo diretamente inseridos no mercado formal e legal.
Em Tupã, o esquema pode estar fazendo essa lavagem através da aquisição de fundo de comércio de postos de combustíveis. Um desses estabelecimentos foi negociado com o atual presidente da Câmara, Marcos Rogério Gasparetto (PSD), que não esconde a preocupação com possíveis desdobramentos do caso.
– Eu confio no contrato firmado. Mas não é apenas o cumprimento de um contrato que está em jogo. Quando quitar o débito, “Salgado” terá que passar a documentação para o nome dele e, para isso, é preciso ter declaração de Imposto de Renda.
Isso implica em dizer que o posto de combustível está ainda em nome do presidente da Câmara e, evidentemente, terá que dar explicações à Justiça Federal.
DESCENDENTES E ASCENDENTES
Por conta da dinâmica que envolve toda a cadeia de supostos crimes nestas atividades, a investigação feita pela DIG partiu do alvo principal e estendeu-se por ramificações familiares, desde os ascendentes até os descendentes de todos os envolvidos na organização, para apurar se de fato houve formação de quadrilha, crimes financeiros, fiscais em todas as esferas e a lavagem de dinheiro e, por consequente, a caracterização do enriquecimento ilícito.
Estão nesta situação pessoas ligadas ao CEO do Lance Certo, como amigos, parentes, “gerentes” e até mesmo aqueles que fizeram negócios com o suspeito. “Todos vão responder, seja por ter emprestado o nome, mesmo sem ter tirado proveito ou aqueles que se beneficiaram diretamente do esquema”, explicou a delegada Milena Davoli.
A confirmação dessa investigação foi feita ao blog pelo delegado Seccional, Luiz Antônio Hauy. À época foi solicitado que não fosse divulgado nenhuma reportagem sobre o trabalho.
De fato, o compromisso foi cumprido, mas diante do grande número de casos que se avolumam no Judiciário local e pelo Brasil, não será mais essa que dificultará a coleta de provas contra o suposto esquema.
Além do que, mostra para a sociedade de que a Polícia Judiciária de Tupã está alerta para reprimir qualquer tentativa perniciosa de irromper o ordenamento jurídico.
O CONTRATO
Presidente do Group Lance Certo explica a transição da moeda “Lance Coin”
O contrato estabelecido entre os “investidores” e o Group Lance Certo é caracterizado como leonino, que favorece abusivamente a empresa. Nele é estabelecido inclusive impedimento de divulga-lo, bem como, “Salgado” poderia fazer “qualquer coisa” com o dinheiro, como por exemplo, investi-lo em criptomoedas.
MARKETING DE RELACIONAMENTO
“Salgado” respondeu processo à revelia por formação de pirâmide, a partir de uma empresa fundada em 2013, em Indaiatuba, região de Campinas.
Para fugir das responsabilidades, a partir de 2017, quando o processo foi iniciado, “Salgado” teria passado por Valinhos e Vinhedo e, mesmo nesta época, já estendia seus tentáculos para Tupã.
Em 2016, já promovia reuniões sobre marketing digital e a comercialização de perfumes, em encontros envolvendo dezenas de pessoas, no Grande Hotel Tamoios.
Era preciso criar raiz, se enturmar na sociedade, se relacionar com personalidades locais e inclusive políticas, policiais para credibilizá-lo para futuras ações. Foi o que fez e intensificou mesmo antes da instalação do Pub, com tratativas iniciadas no final de 2019.
O Pub foi a grande vitrine para atrair investidores, através de irrestrita campanha de marketing por meio de colunistas sociais, influenciadores, shows, sorteios de veículos para “vips” e a utilização de imagens de personalidades da televisão.
Para a Polícia de Tupã, alguns policiais sob investigação por envolvimento com “Salgado” teriam alegado relacionamento de amizade, desde a Vila Marajoara, de onde saiu o fundador do Group Lance Certo.
APOSTAS
Além de dezenas de processos que se avolumam na cobrança de investimentos feitos sob a promessa de rentabilidade de até 7 por cento, há também centenas de apostadores de pelo menos 18 estados brasileiros que cobram a devolução de milhares e milhares de recursos aplicados em sua casa de aposta Lancecerto.bet, sob a perspectiva de Lucro Certo.
Estes apostadores ainda acreditam na devolução do investimento que fizeram e esperam por Anderson “Salgado” que prometeu dar um parecer definitivo aos clientes até o dia 20 de fevereiro, assim que retornar ao Brasil, depois de passagens pela Nigéria e Coreia na tentativa de internacionalizar os negócios do Group Lance Certo.
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Suspeitei desde o princípio….!!!! OHHHHH E AGORA!!!!! QUEM PODERÁ NOS DEFENDER!!!!
O golpe era evidente. Na “boa fé” os investidores acreditaram que teriam exorbitantes lucros de 7% sobre o capital investido. Santa ingenuidade, em um país desgovernado e, à época, sobre o comando de um desqualificado, que destruiu a economia e o social do país. Jamais verão a cor de seu rico dinheirinho.
Igualmente aconteceu 16 anos denúncia governo larápio.
kkkkkkkkk e a culpa é do Bolsonaro, “Lulopetismo” realmente é uma doença gravíssima.
Desgoverno vem desde as diretas já, bonito falar que um governo só deixou esse país do jeito que está.
Desqualificado é o atual governo que tem.mais de 2.000 processos na justiça…poderia se juntar ao salgadinho por que são todos.mentirosos e só prometem e não cumprem…tal e qual…
Engraçado que os gado do Bolsonaro vem aqui enfiar política no meio kkkkk que que tem a ver seus imbecis? Salgadinho é sim um malandro e vocês são idiotas por acreditarem nele! Governo Lula tem nada ver, votar no Bolsonaro consumiu o cérebro de ervilha de vocês! Beijo no coração