“A currutela que mandava na prefeitura sumiu. Claro, não tem dinheiro pra roubar”.
A frase acima foi proferida logo após o vereador Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) líder da base aliada do prefeito Manoel Gaspar (PMDB) fazer uso da tribuna, na sessão ordinária da Câmara Municipal de Tupã, na noite desta segunda-feira (9). A frase que nos remete a indignação é do presidente do Legislativo, Valter Moreno Panhossi (DEM).
O parlamentar fez uso da palavra em tom de confronto à tese defendida por Ribeirão para justificar a criação de mais 40 cargos em comissão, em momento de crise enfrentada pela prefeitura e com meio expediente apenas (das 7 às 13 horas) desde o dia 13 de outubro e sem data para voltar ao normal.
“A prefeitura não tem dinheiro para nada. Está falida. Deve para fornecedores, não paga horas-extras aos garis e, entre 2013 e 2014 apresentou déficit de mais de R$ 11 milhões, segundo documento apresentado pelo secretário de Finanças, Dorival Coquemala”, disse Panhossi.
Em seguida, o vereador oposicionista rasgou o verbo, sem citar nomes, porém, apontando para aqueles que fizeram parte das comissões (Carnaval, Tupã Junina), “a currutela que mandava na prefeitura sumiu. Claro, não tem mais dinheiro pra roubar. Assaltaram a cidade de Tupã, com Carnaval, Festa Junina. Fui eleito lá, mas não participei dessa bagunça de dois anos”. Apesar das graves declarações contra a administração, o presidente da Câmara isentou o prefeito de toda a culpa.
“O Mané infelizmente não governou. O prefeito está nas mãos de algumas pessoas que são do mal”. Em seguida desafiou essas pessoas do mal a virem a público e fazer festa sem ter dinheiro. “Vocês fizeram bonito né? Agora, falar aqui é gostoso, vocês levaram o dinheiro do povo tudo embora e agora tem cobrir o rombo que fizeram”, finalizou. Ribeirão voltou à tribuna em seguida, mas não vestiu a carapuça e nem defendeu o prefeito. Falou de praça e futebol.
Ribeirão, comanda politicamente a Secretaria de Turismo, responsável pela organização dos Carnavais e Tupã Junina.
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Currutela é o nome dado ao lugar onde os garimpeiros da beira do rio Madeira, Amazonas, vão ao encontro de prostitutas, bebidas, músicas…
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