Depois de blefar, o PSDB ressurgiu como esperança de salvar a administração do PV. Se o eleitor soubesse disso teria reeleito o ex-prefeito. Só falta entrar na Educação, a ex-secretária Carla Ortega. Já há comentários de que as falhas técnicas de Mauro Guerra, o deixam vulnerável no cargo.
Os jornais de Tupã destacam na primeira página das edições de hoje o que o blog anunciou capítulo a capítulo, o jogo – jogado – carta a carta. O PSB saiu na frente como o principal articular para salvaguardar o governo de Ricardo Raymundo (PV), mas não chegou com folego suficiente para suportar o blefe do PSDB.
Na reta final, o ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), e o presidente do partido tucano Edson Schiavon aplicaram uma virada inesperada para cima do governo municipal. Quem virou o jogo foi a oposição. Isto mesmo, coube apenas à situação o papel de coadjuvante do jogo com seu elástico placar de 10 X 5.
A oposição que venceu não foi a da Câmara, representada pelos nobres parlamentares. Foi a oposição representada pelo ex-prefeito Waldemir que enfrentou Wagner Fuin (PMDB) e a dupla Ricardo e Caio, PV/PSD, respectivamente.
Parece que o destino de Tupã era mesmo ser governada pelo PSDB. Se o eleitor soubesse disso – teria reeleito o ex-prefeito. A tese não é minha, é do próprio PV. Ao nomear a arquiteta Jeane Rosin (PSDB) para a supersecretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Ricardo Raymundo acreditava que seria a redenção de sua administração.
O PV acreditou que o seu conhecimento técnico e de seus próprios erros na condução da pasta na administração do PSDB, com 33 obras irregulares iria destravar o desenvolvimento estrutural e econômico do município. Ledo engano. Então como acreditar agora na proposta do PSDB que diz querer ajudar no desenvolvimento de Tupã?
Waldemir mantinha em seu “staff” político quando governou Tupã – Edson Schiavon, Telma Tulim, Jeane Rosin, Adriano Rigoldi, Aracelis Gois Morales e Carla Ortega, entre outros. Mesmo em períodos de bonança, o único legado que deixou foi um rastro de imoralidade administrativa e as praças bonitas. A única prova de sua ardilosa competência neste jogo está no blefe que aplicou no governo de Ricardo Raymundo e no PSB.
WALDEMIR TRUCOU
O desespero pela maioria no legislativo e a inexperiência política dos negociadores permitiram que o ex-prefeito roubasse a cena. Num jogo de cena e com cartas marcadas, Telma e o Pastor Eliézer de Carvalho como acompanhante acertaram na CERT – Cooperativa de Eletrificação Rural da Região de Tupã a sequência astuciosa para enganar os adversários.
Num primeiro momento, Waldemir, Schiavon e correligionários garantiram que “não iam fazer parte de um governo sem compromisso político”, e propagou em tom de ameaça aos parlamentares que desrespeitassem as ordens do partido.
Da sede da CERT, Telma tomou sua primeira decisão política e convenceu o novato a liderar um suposto bloco de “independentes” na Câmara. Ambos protocolaram a saída da bancada de oposição, sinalizando que iriam votar com a situação, porém, contra a vontade do partido.
O blog antecipou todos os seus previsíveis passos até a reunião em que levou a contraproposta do PSDB: três Secretarias. Duas já foram viabilizadas – Meio Ambiente e Assistência Social.
A TERCEIRA
Já vazaram comentários de que as pretensões do secretário da Educação Mauro Guerra (PV) de ser escolhido para a sucessão de Ricardo Raymundo podem estar com os dias contados. O PSDB também estaria de olho na Secretaria da Educação, o maior orçamento do município. O nome para substituir Mauro Guerra é o da ex-secretária Carla Ortega.
E o que sobrou para o PSB que de protagonista virou coadjuvante nesta negociação barulhenta: ontem o pessoal do partido se reuniu com o prefeito para saber o que sobrou. Ainda não há um nome definido para a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.O PSB aceita, mas a quer vê-la desmembrada para comandar duas, ao invés de uma. Ainda não foram colocados os “pingos nos is”, mas a princípio as Secretarias seriam divididas – metade para um e outra parte para outro. O meio Ambiente ficou com o PSDB/PSB ou PSDB/DEM de Valter Moreno que exigiu que fosse “honrado o que vocês têm no meio das pernas”.
Além da frase acima, o edil também teria saído com outra – “quantas prefeituras vocês têm para dar”, considerando o loteamento que estava previsto para viabilizar a maioria na Câmara. O que vai sobrar para os outros? Por enquanto o governo é de coalizão PV/PSDB. O Waldemir voltou e virou o placar.
A ex-secretária Aracelis Gois Morales rejeitou comandar o Turismo, mas aceitou um terço a mais de seu salário de cargo comissionado para “tocar” a pasta, a única que ficou com o vice-prefeito Caio Aoqui. Relações Institucionais será de Duda Gimenez, segundo consta é da cota do executivo. O PRP de Tiago Matias levou apenas a promessa de criação da Secretaria da Juventude.
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