Dado foi citado em relatório da Abert divulgado nesta segunda-feira.
País teve 64 agredidos; entidade classificou 2015 como ‘ano cruel’.
Gabriel Luiz
Do G1 DF
Relatório da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgado nesta segunda-feira (22) apontou que o Brasil teve oito jornalistas mortos e 64 agredidos em 2015. O documento cita um ranking da ONG Press Emblem Campaign, que coloca o país como o quinto mais perigoso para os profissionais da impressa – atrás de Síria, Iraque, México e França.
Leia também: Corrupção: aos amigos picanha e na merenda das crianças, salsicha
Um jornalista desencadeou a operação dízimo na prefeitura de Marília
De acordo com a associação, três dos assassinatos ocorreram em 11 dias, durante o mês de novembro. A Abert se disse preocupada com os números e afirmou que é “inaceitável que profissionais sejam impedidos de atuar na cobertura de fatos de interesse da sociedade”.
De acordo com o relatório, oito jornalistas foram presos e 14 profissionais foram ameaçados em 2015 – considerado como um “ano cruel” pela associação. Entre as vítimas de assassinatos, seis trabalhavam no Nordeste. Um deles foi o radialista cearense Gleydson Carvalho, que foi morto durante transmissão ao vivo.
Segundo o presidente da Associação, Daniel Slavieiro, os jornalistas mortos em novembro tinham perfil comum por “denunciarem regularmente a corrupção de políticos de suas regiões e terem sido vítimas de frequentes ameaças de morte”. Ele afirmou que é preciso reagir e cobrar para garantir uma imprensa livre.
Criada em 1962, a Abert reúne 22 associações estaduais, 320 emissoras de TV e 3,1 mil emissoras de rádio.