Os tucanos contrariam o partido do governador Geraldo Alckmin com uma tese: apoiar um candidato tupãense para “defender” os interesses regionais.
Só a política consegue ser mesmo de fato e de direito uma via de duas mãos. Para as mesmas mãos. Uma que vai e outra que volta. Como um bumerangue. Sai da mão daquele e volta para a mão desse e vice e versa. Ou seja, o brinquedo fica nas mãos dos mesmos. “É uma troca”, dizia o ex-eminência parda e ex-presidente do PSDB em Tupã, Luiz Antonio Feliciano. Pensa igual, o atual vice-presidente tucano Airton Pellin.
Preterido por Feliciano (ex-CDHU) como candidato a prefeito de Tupã, Pellin (ex-Sabesp) faz dobradinha e coro numa nova fase da política “bumerangue” do “é dando que se recebe”. A revelia do PSDB no Estado estarão possivelmente juntos com Amauri Sérgio Mortagua (PDT) apoiando o presidente da Federação dos Comerciários como possível candidato a deputado. Feliciano, sem Edson Aparecido (PSDB) e Pellin sem Rodolfo Costa e Silva (PSDB) a única tacada que resta é buscar conforto nos braços alheios.
Os dois brigavam nos bastidores defendendo seus interesses e de seus candidatos. Ao mesmo tempo defendiam as autarquias que comandavam: Sabesp e CDHU respectivamente. No meio dessa rivalidade de interesses pessoais estava Tupã como coadjuvante. Os protagonistas eram eles próprios e o povo mero espectador. Foi assim que surgiu para a política tupãense, Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB).
A afinidade de Waldemir com Edson Aparecido era interessante para Feliciano, mesmo que o ex-presidente da Cooperativa Agrícola e Mista da Alta Paulista (CAMAP) significasse um “risco” para o grupo de Manoel Gaspar, hoje no PMDB. Só quem ganhou com a escolha foi o próprio engenheiro. Logo o tiro saia pela culatra: Edson foi ser deputado federal e Rodolfo abandonou continuar como deputado estadual. Gaspar perdeu com a eleição de Waldemir e Feliciano seguiu de bonde com Edson Aparecido como assessor especial e hoje tem sala de bate-papo ao lado da Secretaria da Casa Civil, comandada por Edson Aparecido.
Sem Aparecido e Rodolfo no páreo, Feliciano e Pellin se juntam com uma tese conjugada, ensaiada e quase certa da vitória tamanha a representatividade que tem Motta como presidente da Federação dos Comerciários. É mais um tiro certo para eles. Agora Waldemir virou “contramão” na política da tese da “via de duas mãos” do próprio PSDB. Na defesa dos próprios interesses a mão sempre será única. Só vem ou só vai, dependendo do lado que estão.