O mandante era um empresário de Osvaldo Cruz. Ele traiu a amizade e idealizou um roubo milionário em jóias e relógios valiosos colecionados ao longo de 40 anos.
Joel Diogo de Souza e comparsas George Fernando Nascimento, “Jota”, Felipe Damião Borro Toledo “Fei” e Carlos Henrique Garbulho, “Ninho”, foram acusados de autoria intelectual (Joel) e da pratica do roubo, respectivamente contra a casa do médico M.V.A.J., em 9 de outubro de 2011.
Depois de pouco mais de um (1) ano e meio, três dos quatro réus foram condenados em sentença proferida pelo juiz Fábio José Vasconcelos. Cumprirão juntos 50 anos de prisão. O quarto acusado “Fei” não foi localizado e, os autos do processo foram desmembrados.
Como empresário no ramo de compra e venda de jóias valiosas, Joel Diogo de Souza, tinha estabelecimentos comerciais em Osvaldo Cruz, Tupã e Assis. Por meio da sua atividade conheceu o médico tupãense M.J. O interesse do médico por coleção de relógios valiosos e jóias preciosas o tornou amigo confidencial de Joel.
Ele era o intermediário na aquisição de objetos de valor para o médico e, trocavam até conversas sobre questões de segurança pessoal e patrimonial. Joel frequentava inclusive a residência do médico e, portanto, tinha conhecimento sobre tudo. Sabia também que as jóias e a coleção de relógios ficavam guardadas em um cofre no interior da casa.
Foi traindo essa confiança que Joel alimentou os comparsas de informações valiosas para a prática do crime. “Em síntese, o crime jamais teria ocorrido sem a participação de Joel. Ele também teve participação decisiva para fazer desaparecer o patrimônio do médico adquirido ao longo de 40 anos”, concluiu a investigação policial.
O CRIME
O crime aconteceu na manhã do dia 9 de outubro de 2011. Era um domingo e o médico tupãense e a esposa R.C.C.B.A., dormiram até mais tarde. Por volta das 10h30, Regina desligou o sistema de alarme e saiu do imóvel.
Os bandidos “Ninho”, “Fei” “Jota” e uma quarta pessoa não identificada vieram de Osvaldo Cruz e já estavam de tocaia desde a madrugada aguardando a oportunidade para agir. “Ninho” ficou do lado de fora no interior de um GM/Corsa, vinho para dar fuga ao bando.
Os outros três pularam o muro e permaneceram no quintal por mais de três horas aguardando uma das vítimas sair do imóvel. De repente a mulher do médico foi dominada e os marginais encapuzados ganharam o interior da casa e foram até o quarto onde o médico dormia e o agarraram pelo pescoço. Um deles estava armado com um revólver.
Mediante graves ameaças de morte, estupro e de supostamente matar o filho da vítima (alegavam os bandidos que estavam em poder dele) obrigaram que entregassem dinheiro (reais e dólares), abrissem o cofre e entregassem toda a coleção de duzentos (200) relógios e jóias preciosas.
Enquanto dois ameaçavam, o terceiro revirava tudo dentro da casa e também roubava equipamentos de informática entre outros objetos.
Depois de uma hora, os bandidos amarraram as vítimas e as deixaram trancadas dentro de um dos quartos. A investigação feita através de interceptações telefônicas e outros meios levaram a Polícia ao bando.
Até ser descoberto como autor intelectual do crime, Joel Diogo de Souza, ofereceu até ajuda ao médico. Joel se demonstrava solidário com o ocorrido numa tentativa de ganhar tempo até se desfazer de todo o produto roubado da casa do médico M.J.