CONFUSÃO NOS VELÓRIOS: Coronavírus muda rotina de sepultamentos e gera desconforto às famílias

Só hoje estão previstos sete sepultamentos e a falta de documentos tem causado transtorno na hora do enterro, após decreto do prefeito Caio Aoqui.

Cemitério da Saudade: neste local ampliado só há espaço para 12 carneiras
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Por conta da pandemia de coronavírus, as famílias enlutadas têm sofrido desconforto na hora de sepultar seus entes queridos, em Tupã.

O decreto do prefeito Caio Aoqui, também enviado às funerárias do município orienta para evitar aglomeração de pessoas, seja em ambientes festivos e ou até em caso de velórios, afinal, o Covid-19 não escolhe ambiente para se propagar – seja em comemoração ou de comoção.

Diante desse fato, os velórios também ganharam uma nova dinâmica. Nesta quinta-feira (19), por exemplo, já ocorreram enterros às 8, 9, 9h30 e 10h30. Outros três estão programados para o período da tarde.

A redução de tempo do velório tem causado incompatibilidade entre a preparação da documentação exigida e o sepultamento. De acordo com a exigência da própria Prefeitura, por determinação judicial, não pode haver sepultamento sem o laudo médico e o atestado de óbito.

Mas, por conta de toda essa situação excepcional provocada pela pandemia tudo saiu da rotina e, três sepultamentos foram realizados sem o laudo médico. Os próximos três, previstos para acontecer ainda hoje deverão ter o documento apresentado na hora do enterro.

O objetivo principal da reportagem é esclarecer que em função da necessidade de evitar aglomeração de pessoas em qualquer lugar e evento, os sepultamentos têm sido agilizados.

Os médicos também não têm conseguido assinar os referidos documentos em tempo hábil. Normalmente estão exercendo a atividade profissional seja nos hospitais, nas clínicas e postos de saúde, no momento de uma morte.

Apesar desses imprevistos, os documentos são necessários para evitar que o setor de administração dos cemitérios seja responsabilizado, em caso de qualquer situação que exija a apuração da causa da morte ou até a exumação de um cadáver.

RODÍZIO

velório

Uma agente, de uma das funerárias de Tupã, que preferiu não se identificar disse que tem orientado as famílias sobre a importância de se manter um rodízio de pessoas durante o velório.

– Assim, também estamos colaborando com a saúde das pessoas e atendendo o decreto do prefeito. A preocupação com o coronavírus deve ser de todos e para todos, em qualquer situação, mesmo no momento de muita dor e comoção de quem perde um familiar ou um amigo, observou.

Sobre os documentos necessários para a realização do sepultamento, a agente garantiu que para auxiliar os familiares tem intermediado situações para agilizar a liberação da documentação junto aos hospitais e cartórios para amenizar o transtorno e cumprir com a exigências do poder público.

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