Enquanto o prefeito e secretários colaboram com a redução de salários por conta da pandemia, os parlamentares seguem incólumes no auxílio à sociedade.
Faz dois meses do decreto assinado pelo prefeito Caio Aoqui (PSD) estabelecendo a destinação de 40% de seu subsídio para aplicação no setor de saúde, pelo prazo de 60 dias, podendo a medida ser prorrogada por igual período.
O mesmo decreto estabelece ainda que os secretários deverão doar 20% de seus subsídios mensais, também para o Fundo Municipal de Saúde, nas mesmas condições.
Já os 15 parlamentares tupãenses mantém-se calados diante da situação de emergência que vive o município. Enquanto a iniciativa privada e voluntários têm se desdobrado para auxiliar à sociedade.
Com os valores de R$ 6.900 sub judice, os edis têm de subsídios um contracheque de R$ 5.010,00. Considerando que cada um destinasse 20% ao Fundo Municipal de Saúde, pelo período de dois meses, a contribuição seria de pouco mais de R$ 60 mil. O subsídio do presidente da Câmara é de R$ 6.295,00.
DOAÇÃO DE R$ 70 MIL
Para estabelecer o decreto, Caio Aoqui argumentou que as providências preventivas voltadas à neutralização dos riscos de contaminação exigiram um aumento nas despesas relacionados ao combate da Covid-19, ao mesmo tempo em que houve uma acentuada queda na arrecadação devido ao decreto de isolamento social.
Estima-se que em dois meses, considerando-se os valores dos subsídios recebidos pelo prefeito e secretários, subtraindo-se os descontos, a destinação no período de 60 dias deverá somar R$ 35 mil. Se houver a aplicação por mais 60 dias, o total chegará a cerca de R$ 70 mil.
Os valores descontados deverão ser repassados ao Fundo Municipal de Saúde, a título de contribuição ao enfrentamento da pandemia da Covid-19.