A discussão sobre bicicleta elétrica provocou choque de interesses entre a parlamentar e o fato que é público. Com a repercussão negativa a vereadora queria esconder a notícia e a TV Câmara – “TV do Povo” divulgou sobre a audiência pública, gerando a animosidade.
A vereadora não gostou da reportagem sobre audiência pública que ela promoveu para discutir regulamentação da bicicleta elétrica. O público compareceu à sessão e perguntou se a parlamentar “não tinha o que fazer”.
Quem presenciou ficou indignado com a forma em que o diretor da TV Câmara, Robson Moreno foi tratado. Aos gritos, como às vezes agia ainda quando era delegada, Telma Tulim (PSDB) se ausentou da sessão da Câmara que transcorria normalmente ontem (17) para atacar o funcionário da emissora.
“Se você queria me destruir, você conseguiu”, bradava a parlamentar. O motivo da agressão verbal foi o encontro ocorrido na quarta-feira (12) realizado na Câmara e idealizado por ela para discutir a questão das bicicletas elétricas e similares. Como sempre acontece, ela vai negar e dizer que a audiência foi realizada a pedido do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) ao qual ela faz parte.
Foi assim no caso do abaixo assinado sobre o telefone 190 da Polícia Militar que havia sido transferido para Marília. Agora está em Bauru e a vereadora Telma mesmo sabendo que a mobilização era inócua, prosseguiu com o oportunismo. Depois de tentar enterrar animal nos cemitérios de Tupã, Telma agora quer regulamentar o uso dos veículos elétricos na cidade.
Acontece que a audiência não atingiu os objetivos dela. Tulim percebeu que houve choque de interesses e a audiência pública foi ruim para suas pretensões. Logo, não queria que a TV Câmara – TV do Povo divulgasse um fato cujo resultado não foi aquilo que ela esperava. Mas, a TV Câmara entendeu que o assunto era importante, afinal tratou-se de uma audiência pública.
A audiência contou com a presença de autoridades: parlamentares, bombeiros e policiais militares. Os ciclistas também compareceram e hostilizaram a ideia da vereadora Telma Tulim. Telma é daquelas pessoas que pensa como o ex-ministro da Fazenda, Rubens Recupero, flagrado em conversas obscuras pelas parabólicas antes de uma entrevista. Sua fala foi: “Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom à gente fatura o que é ruim à gente esconde”.
Assim como Recupero, Telma Tulim pretendia esconder o fato em que em sua opinião não foi bom. Pretendia esconder da maioria do povo um assunto de interesse de todos. Foi este o motivo para agir com abuso de autoridade contra o funcionário da TV Câmara que apenas cumpriu com seu dever e obrigação. Já Telam Tulim exigiu que a matéria fosse excluída do arquivo da emissora. Sem audiência!
Aliás, causou estranheza o fato de que ontem (17) apenas outros dois vereadores fizeram referência à audiência promovida pela Telma. Ela mesma, sequer mencionou sobre a reunião.
Depois dos gritos com o funcionário captados pelos modernos microfones do Legilsativo, a vereadora foi à tribuna, com voz suave, de quem domina o que faz e se limitou apenas a enaltecer o Escritório Regional do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) e sobre o discutível chamado “Departamento da Telma” ligado à Secretaria da Promoção Social. Em choque, nada comentou sobre a bicicleta elétrica.
A AUDIÊNCIA
A audiência pública tinha como finalidade regularizar e debater a legislação referente ao uso dos veículos. Foi apresentada para a população a legislação da bicicleta elétrica, pois de acordo com o Contran ela equipara-se ao ciclomotor, existem dois tipos de bicicletas, a elétrica e a motorizada, e as duas desenvolvem uma velocidade de até 60km/h e tem uma legislação própria.
De acordo com a vereadora Telma, as bicicletas precisam ser registradas, terem placas, o condutor precisa ser habilitado ou possuir Autorização para Conduzir Ciclomotores (ACC), além usar capacete e contar com os dispositivos de segurança, como pneus em boas condições, retrovisor, iluminação dianteira e traseira.
Para isso, seria necessária a Câmara de Tupã regulamentar, criando-se a lei em Tupã, caso contrário esses veículos não podem transitar na área pública.
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