Exapit provoca problema para prefeito de Herculândia

Câmara quer explicações sobre ginásio público que serviu de hotel – ouça a narração

A “maior de todas” – Exposições Agropecuária e Industrial de Tupã (Exapit), segundo o prefeito Caio Aoqui (PSD), de fato extrapolou as fronteiras do município.

A ganância pelo lucro fácil dos empreendedores que comandam a festa, Cabeludo Eventos e o impulso do secretário de Administração, Everton Nakashima levaram problemas para o prefeito de Herculândia, Paulo Sérgio de Oliveira, “Paulinho” (Progressistas).

Uma movimentação estranha de pessoas num prédio público, bem na porta de uma escola chamou a atenção de populares.

Segundo consta, na sexta-feira, dia 16, os hospedes do ginásio não praticavam nenhuma atividade esportiva no local, mas ingeriam bebidas alcoolicas. No sábado (17) a vereadora Tatiane de Oliveira Campos (PL EX-PSB) flagrou a situação incomum e, agora, exige explicações do chefe do Executivo.

Na sessão de segunda-feira (19), enquanto Maiara e Maraísa cantavam na Exapit, a parlamentar foi à tribuna como 1ª secretária da mesa diretora e prometeu protocolar um documento cobrando explicações do prefeito Paulinho. Veja vídeo abaixo

“Nesta terça-feira (20) vou protocolar um ofício pedindo informações do senhor prefeito, para que haja uma explicação rápida sobre o camping de profissionais contratados para uma festa de Tupã, e que vieram parar em prédio público de Herculândia”, garantiu.

MAIOR DE TODAS

Emerson Caires (Cabeludo), Everton Nakashima e Caio Aoqui: cumplicidade a partir de Arco-Íris

A ganância “maior de todas” é o combustível que polemiza a 53ª Exapit, sob responsabilidade do Sindicato Rural de Tupã, através do presidente Márcio Vassoler, Cabeludo Eventos e, outros, entre eles, o ex-secretário de Governo de Arco-Íris, Everton Nakashima.

Conforme o blog revelou, os lucros exorbitantes às custas dos mais de R$ 3 milhões de investimentos feitos pela prefeitura de Tupã não foram suficientes para serenar os bolsos dos organizadores.

Lucram com a venda dos shows, comercialização de espaços no interior do recinto, camarotes, estacionamentos, venda de bebidas e, agora, a acusação de terem hospedado contratados da empresa em prédios públicos de Herculândia.

A Câmara Municipal quer saber “se houve contrato firmado, parceria ou camaradagem” do prefeito Paulinho, bem como, se sua assessoria jurídica lhe orientou para proceder de alguma forma que justifique a suposta “improbidade” com o bem público.

PUXADINHO

Em julho de 2019, quando o prefeito Caio Aoqui decidiu pela contratação temporária de Everton Nakashima, “por dois ou três meses, só pra me dar uma mão aqui no começo da gestão”, passados cinco anos, Tupã se transformou num puxadinho de Arco-Íris. Saiba mais: ARMADILHA: Operação da PF acionou o alerta na administração Caio.

Á época, a prefeitura de Tupã dava um indicativo de que o puxadinho iria se transformar numa “república de Arco-Íris”.

O blog questionava sobre a nomeação de um funcionário público que havia sido investigado pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado. Saiba mais: GRAMPO: GAECO investiga vice-prefeito de Arco-Íris e o secretário de Governo

A RESPOSTA

“Acerca do ajuizamento de ação de improbidade administrativa por parte do Ministério Público em desfavor de Everton Nakashima, a prefeitura de Tupã considera que como não há nenhuma condenação e ele continua habilitado a exercer qualquer cargo público, não há fato concreto que possa ferir qualquer preceito legal que desabone a indicação de Everton Nakashima para comandar interinamente a Secretaria Municipal de Administração, tendo em vista sua capacidade no trato de questões pertinentes à administração pública, comprovadas ao longo dos 14 anos que atuou junto à prefeitura de Arco-Íris, de forma competente, com todas as contas aprovadas pelo Tribunal de Contas e pelo Legislativo”.

Leia também: Contra o patrimônio: Investigado pelo GAECO é nomeado secretário de Administração em Tupã

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