Gabinete investiga como foto de animal ganhou publicidade

O animal foi amarrado no local privativo ao veículo do prefeito e virou pauta política do Executivo.

CAMINHONÉGUA

Era o que faltava. Uma foto compartilhada num grupo fechado de repente foi parar nas redes sociais, e virou manchete na imprensa local: CAMINHONÉGUA. Por essa nem o colunista da Folha de S. Paulo José Simão, o “Macaco” Simão esperava. Pior: o assunto está sendo tratado como fato institucional. Égua!

Tudo começou quando um cidadão do povo, sem nenhuma pretensão amarrou seu animal numa placa indicativa de que o local era reservado exclusivamente para o prefeito, e foi cumprir com suas obrigações no paço municipal.

Em função da polêmica sobre a licitação prevista para acontecer nesta próxima terça-feira, dia 15, para a aquisição de uma camionete para uso exclusivo do gabinete, mas que uma ação na Justiça pode barrar o pregão, alguém resolveu satirizar com a coincidência – “após a decisão da Justiça, o prefeito ganhou um novo veículo para visitar a zona rural”, legendou o autor, sobre a foto.

Acreditando que a brincadeira poderia ter um impacto amenizador para a ideia de adquirir um utilitário para servir o prefeito José Ricardo Raymundo (PV), em suas viagens por São Paulo e Brasília, alguém não teve dúvidas – fotografou o animal, legendou, e enviou para um grupo “fechado” do aplicativo WhatsApp – integrado por secretários, mas o retrato vazou para “terceiros”.

Agora, ao invés do gabinete apurar responsabilidade do autor da foto, um possível integrante do primeiro escalão, quer saber quem foi a primeira pessoa que enviou para fulano ou cicrano na tentativa inócua de chegar ao responsável pelo vazamento da imagem até sua chegada à imprensa.

PRIMEIRA PESSOA

Mauro Guerra

O blog apurou que esse fato inusitado tirou o sono do Executivo. De acordo com testemunhas, a cena do animal amarrado e estacionado na Praça da Bandeira chamou a atenção, e despertou para o clique de várias pessoas, entre elas de alguns secretários, inclusive, Mauro Guerra (PV).

Procurado pela reportagem, o secretário da Educação admitiu ter tirado uma foto, mas negou que tenha sido o causador da propagação. “Tudo o que acontece ou é a Educação ou é a Saúde. Mas neste caso específico, nem eu, e nem o Laércio fez nada”, observou Guerra. Então, a investigação chegou à estaca zero. Zero km – 4X4, cabine dupla.

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