Foi num momento de desabafo disse o prefeito.Porém, vai tirar mais uma licença em agosto para viajar a Portugal.
O prefeito de Tupã, Manoel Gaspar (PMDB) convocou a imprensa na tarde desta quarta-feira (13), primeiro para negar que vai renunciar ao cargo de chefe do Executivo, mas admitiu que comentou sobre essa possibilidade durante uma discussão com sindicalistas que reivindicavam reajuste no salário da categoria.
“Se vocês acham que de herói virei bandido, eu deixo a prefeitura e vocês administram. Pede para o Thiago, o Valter Moreno e eles fazem diferente”, desabafou Gaspar. Gaspar disse que pretende descansar em agosto, quando deve ir para Portugal. “Vou voltar descansar a cabeça e vou voltar mais garra ainda do que já tenho”, garantiu.
Em seguida, o prefeito anunciou um reajuste nos salários dos funcionários públicos municipais em 6,46% e mais 7% no ticket alimentação. Gaspar comparou o reajuste que a prefeitura de Tupã está concedendo ao aumento de apenas 4,5% dado pelo prefeito de Marília, Vinícius Camarinha (PSB).
Sobre o assunto, o presidente do Sindicato Marcos Antonio Barbosa, Borracha pediu que Gaspar fizesse comparação com prefeitura de Quintana, onde o prefeito Fernando Itapuã (PSC) já antecipou a primeira parcela do 13º salário, ainda no mês de abril.
CONFUSÃO
O que irritou o prefeito Manoel Gaspar para deixar o Sindicato de fora desse anuncio foi uma reportagem apresentada pela Rádio Cidade FM (91,5) onde era destacada a negociação de terça-feira (12) e a possibilidade de nova reunião nesta quarta-feira. Como o pedido do Sindicato era de reajuste de 10% e a contraproposta da prefeitura de 6,46%, portanto, sem alteração em relação à semana anterior, foi reproduzida uma entrevista concedida pelo sindicalista, coincidentemente na quarta-feira passada. Na entrevista Borracha dizia que sem acordo haveria greve.
Sobre o percentual anunciando pelo prefeito, o Sindicato disse que vai convocar uma assembleia para sexta-feira (15) para decidir se a categoria aceita ou não cruzar os braços. Alheio a intenção dos sindicalistas, o prefeito vai mandar o projeto para o Legislativo para apreciação dos parlamentares. O chefe do Executivo tupãense até sugeriu: “Se o Sindicato quiser pede para os vereadores rejeitarem, mas aí não vai ter aumento nenhum”.