A Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP) começou fazer uma consulta informal junto aos prefeitos de toda a região, para saber deles qual o impacto do fechamento das repartições públicas municipais em meio período. A ideia é deixar claro que a iniciativa não foi de Tupã e sim surgiu diante da dificuldade que todas as Prefeituras estariam enfrentando para a manutenção dos serviços.
A consulta da entidade começou ser feita a partir de um pedido feito pelo prefeito de Tupã, Manoel Gaspar (PMDB). Mas, a exemplo do primeiro turno das eleições, o fechamento seja simultâneo ou apenas da prefeitura de Tupã, só vai ser colocado em pratica após o segundo turno das eleições.
Da mesma forma que o blog havia antecipado que após o primeiro turno das eleições (5 de outubro) seria anunciado oficialmente os cortes em cargos de comissão, mais cortes em gastos, transporte público e até extinção de Secretarias. Com as demissões que vão acontecer conforme reunião realizada nesta quarta-feira (22) tem pasta que ficará com apenas dois funcionários. É o caso da Secretaria de Segurança e Trânsito que iria atuar com o secretário José Romero Sobrinho, “Riti” e apenas mais um funcionário. No mesmo caminho vão: Cultura, Turismo, Meio Ambiente, Indústria e Comércio, entre outras.
Pois bem, agora, após o dia 26 de outubro, quando ocorre o segundo turno das eleições e o objetivo é não prejudicar o desempenho de seus candidatos, assim como aconteceu no primeiro turno – a ordem será parar tudo. A crise é tão forte que fez desaparecer até aqueles defensores da tese de que R$ 1 milhão para Carnaval ou Tupã Junina, não faz falta dentro de um orçamento de R$ 130 milhões. Neste momento, ninguém pensa em Natal Iluminado, Carnaval, Tupã Junina ou Exapit.
A CRISE
A crise chegou desmentindo o secretário de Finanças, Walter Bonaldo Filho (foto). Alguns meses após assumir a pasta anunciou que a dívida era de R$ 5 milhões. O blog anunciou em 14 de janeiro de 2014 que era de R$ 12 milhões, de acordo com o Portal da Transparência. O ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) especialista em maquiagem conhece muito bem o seu ex-secretário comentou a interlocutores: “ele costuma maquiar”.
De lá para cá, fornecedores batendo à porta da Prefeitura e cobrança se transformando em caso de Polícia. Dívidas se avolumando a cada dia que passa e o culpado além da diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e outros tributos é do próprio prefeito Manoel Gaspar e sua “equipe”.
Subestimou a necessidade de cortar gastos ao terceirizar sua administração a deixando nas mãos de terceiros. Contratou demais e não exonerou o suficiente para isso. Potencializou o empreguismo com parlamentares para fazer o presidente da Câmara e gastou demais em 2013 com festas. Não soube conduzir um “passar a limpo” nas irregularidades financeiras praticadas pelo seu antecessor Waldemir Gonçalves Lopes. Com a farra das obras irregulares deixou uma cidade maquiada em praça pública e falida financeiramente. Hoje não há dinheiro nem para comprar papel higiênico.
Como apoiador de sua candidatura em 2012, logo após as eleições, em novembro do mesmo ano, enquanto muitos batiam em suas costas, fui objetivo: “você vai carregar um enorme peso em suas costas Gaspar. Digo isso, pelos acordos que fez e pelas primeiras decisões que está tomando, entre as quais, a de nomear ex-secretários e filho para o seu Governo. Você não precisa disso”. Fez pior: nomeou a filha. O diálogo foi presenciado pelo presidente do PMDB, Gustavo Gaspar.
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Segundo turno: Gaspar deve extinguir mais três Secretarias e abrir espaço para reduzir gastos