A turbulência política era esperada. A cruz é pesada.
Reduzir Secretarias pode significar economia e resultar em mais demissões.
Os acordos políticos levaram o empresário Manoel Gaspar (PMDB) a não correr nenhum risco de perder as eleições de 2012. Mas os riscos estavam à vista e previstos para 2013. Depois de vários equívocos Gaspar precisa recomeçar sua administração. Dar identidade e a sua cara. A mesma cara que levou mais de 21 mil e 1 eleitores a acreditarem outra vez que ele era o “Cara”.
As demissões dos secretários de saúde, Antonio Brito (PT) e de Esportes, Sanderson Ribeiro Correia de Lima (PRP) é apenas o começo de uma profunda mudança que precisa ser implementada. Inicialmente precisaria refazer a logomarca da administração. Porém, atualmente ela simboliza bem a cruz que precisa ser carregada até o calvário. Uma idéia sem conceito que também lembra o jogo da velha.O jogo é mexer as “peças” certas para não errar de novo. Gaspar até pode errar, mas tem o dever de corrigir. Prefeito pela terceira vez o que tinha para aprender e errar já o fez. O mau começo dessa administração precisa ser refletido.
O futuro deve ser rebuscado para levar o presente à diante numa projeção de futuro. E não adianta remediar. O remédio aviado tem que ser amargo. Nenhum interesse de particular ou partidário deve se sobrepor aos interesses dos munícipes.
EXTINÇÃO DE SECRETARIAS
Gaspar precisa aproveitar esse momento e acabar com a “farra da vaca”. Na administração Waldemir existia a verdadeira farra do boi. Uma das idéias para redução de custos e economizar será romper com acordos feitos às vésperas de uma vitória certa. Dentro desse contexto, seria oportuno juntar Turismo com Desenvolvimento Econômico; Agricultura com Meio Ambiente e Educação com Cultura. Vão sobrar três secretários. Nessa direção, é possível que sobrem também muitos diretores sem comandados.
A Secretaria Institucional pode muito bem ser a de Governo. Nesse caso, sobraria à própria filha do prefeito e porque não? O cargo requer alguém com maior traquejo e conhecimento político. Alguém que possua identidade na mesma intensidade da popularidade do prefeito. Afinal, Gaspar não precisa e não necessitaria contemplar a própria filha num cargo como esse. Pode não ser nepotismo, mas não pegou bem. Seria oportuno cortar a própria carne.
Enfim, Gaspar teve o respaldo popular e por meio dele tem o dever e a obrigação de mostrar e provar a que veio pela terceira vez para comandar os destinos políticos da cidade. Senão for assim, o jeito vai ser sentar naquele banco da praça e esperar a carruagem passar. Eu, como cidadão já levei tapa na cara e dei a outra face para apanhar. Agora chega! Cada um que carregue a sua cruz.