Gaspar retorna de viagem à Prefeitura de Tupã-SP enfrentando turbulências políticas

Enfrentando dificuldades financeiras a ordem na Prefeitura é economizar. Gaspar pede economia de 70% com eventos e de até 50% com pessoal e horas-extras.

prefeito-manoel-gaspar-editada1jpg137224626951cad0fd1045d (1)O prefeito Manoel Gaspar (PMDB) retornou de viagem do exterior e recomeça o trabalho nesta quarta-feira (11) após licença enfrentando turbulências políticas. Em pauta as possíveis demissões dos secretários de Esportes, Sanderson Ribeiro Correia de Lima (PRP) e de Saúde, Antonio Brito (PT), respectivamente.

Além dessas pastas que estariam enfrentando problemas de ordem técnica, político e moral, Gaspar vai ter que tentar contornar a disposição de racha na base aliada. Se não acontecer agora, o problema só vai se estender até 2014, quando a situação política tende a ser “cada um prá si”. Na Câmara, Gaspar está sem líder e os aliados são um monte de oportunistas apenas esperando a ocasião para se debandar. Nesse ninho meio tucano e do “Sol nasceu prá todos”, a sombra começa afetar a relação interpessoal.

Com uma administração sem recursos financeiros e sem identidade política, Manoel Gaspar vai enfrentando problemas na gestão de 33 obras irregulares deixadas pela administração Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Recuperar o tempo perdido e projetar a administração para o futuro está complicado.

Enquanto isso, assistimos o recomeço do fim: Waldemir terminou a administração inaugurando praças e Gaspar começa a sua – fazendo o mesmo. Nesse ritmo, tudo continua como antes. Na Saúde, ex-secretário de Waldemir; Planejamento, o ex-assessor de Jeane Rosin; líder na Câmara, o ex-líder de Waldemir. Gestor de Obras, o mesmo engenheiro sob suspeitas de irregularidades e, por aí vai. Não vai!

OBRAS VIRTUAIS

Projeto virtual de obra do Parque Ecológico que não saiu do papel
Projeto virtual de obra do Parque Ecológico que não saiu do papel

Enrolado em obras virtuais deixadas pela administração Waldemir, com custo real para os cofres públicos, Gaspar está entre a cruz e a espada. Se deixar de tocá-las perde recurso. Se tocá-las corre o risco de continuar inaugurando praças. Milhões em recursos financeiros já foram perdidos. O dinheiro sumiu e as obras continuam projetadas virtualmente de forma espetacular. Eram de fato arrojados os projetos desenhados pela arquiteta e ex-secretária de Planejamento e Infra-estrutura, Jeane Rosin (PSDB).

No papel e em 3D, até os veículos estacionados próximos as obras eram de última geração. Você não vê um corcel, Brasília ou Fusca. Na realidade, a maioria das obras apresenta: erosão, corrosão e corrupção. É também virtual a medição e o que existe, não existe. É quase um conto de fadas.

CUSTO REAL

Se tudo isso não bastasse, Manoel Gaspar começa enfrentar na sua administração uma crise financeira sem precedentes. O custo é real, dentro de uma perspectiva virtual. Na verdade, a palavra certa é: a Prefeitura está falida. Fornecedores não recebem há quatro meses e a ordem é economizar. Manoel Gaspar determinou a constituição de uma Comissão para acompanhar despesas.

Celso Gomes da Silva e Orlando de Oliveira vão acompanhar gastos das áreas da Saúde, Finanças, Esportes, Cultura e Turismo. Fabiana Moreno Sato e Valmir Fuzinelli vão fiscalizar Meio Ambiente, Assistência Social, Planejamento, Infra-Estrutura e Turismo.

Já Educação, Desenvolvimento Econômico, Agricultura, Administração e Assuntos Jurídicos terão acompanhamento de despesas sendo feito por Laércio de Carvalho Alves e Francisco Carlos Ravazzi e, por fim, Florentino Beloto Moreno fiscalizará despesas do Gabinete do prefeito, Relações Institucionais e de Governo. A coordenação de todo esse trabalho será executada pelo secretário de Administração, Dorival Jerônimo Coquemala.

REDUÇÃO DE CUSTOS

dinheiroO documento assinado pelo prefeito Manoel Gaspar exige redução de custos mínimos com despesas de – água, energia elétrica de 10% cada uma; combustível e telefonia de 20% cada; equipamentos e material permanente de 30% cada uma; alimentação, despesa com pessoal e horas-extras e eventos de 50% e com correspondências de 70%. Viagens, uniformes e eventos também dependerão de autorização prévia do Gabinete.

Caso essas medidas não surtam efeitos, não está descartada a possibilidade de reduzir ainda mais despesas com o fechamento da prefeitura em meio expediente. O atendimento ao público atualmente é das 7h30 as 11h30 e das 13 às 17 horas. Se for o caso, a ideia é manter as portas abertas apenas das 7 às 13 horas.

Manoel Gaspar havia saído de licença no período de 27 de agosto a 10 de setembro por motivos particulares. Essa foi à segunda vez neste primeiro ano de mandato que Gaspar se licencia do cargo de prefeito. A primeira foi entre 25 de maio a 9 de junho. Nos dois períodos o vice-prefeito Thiago Santos (PT) assumiu a prefeitura como o prefeito mais jovem da história política tupãense aos 35 anos de idade.

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