Atual governador superou outros oito concorrentes ao cargo.
Skaf e Padilha aparecem na sequência na lista dos mais votados.
Do G1 São Paulo
Geraldo Alckmin, do PSDB, foi reeleito neste domingo (5) governador de São Paulo para os próximos quatro anos. Com 100% dos votos válidos apurados por volta das 23h25, o tucano tinha 12,2 milhões de votos, o que correspondia a 57,3% dos votos válidos, contra 21,5% de Skaf (PSDB) (confira a apuração completa no estado).
A reeleição leva Alckmin ao quarto mandato como governador, mantendo a hegemonia dos tucanos no comando do estado. Desde a gestão do peemedebista Luiz Antônio Fleury Filho (1991 a 1995), nenhum outro partido foi eleito governador pelos paulistas.
Atualmente com 62 anos, Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho é natural de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. Ele nasceu em 7 de novembro de 1952, filho do médico veterinário Geraldo José Rodrigues Alckmin e de Myriam Penteado Rodrigues Alckmin. É casado com dona Lu Alckmin e tem três filhos, Sophia, Geraldo e Thomaz.
É formado em medicina pela Faculdade de Medicina de Taubaté e pós-graduado em anestesiologia no Hospital do Servidor Público de São Paulo. Integra o PSDB desde a fundação do partido, em 1988. Antes de ingressar no PSDB, foi integrante do MDB, entre 1972 e 1979, e do PMDB entre 1980 e 1988.
Aos 19 anos foi eleito vereador em Pindamonhangaba, pelo MDB, mandato que exerceu entre 1972 e 1976. Em 1976, tornou-se prefeito eleito pelo MDB, aos 24 anos e manteve-se no cargo até 1982, quando desincompatibilizou-se para disputar o cargo de deputado estadual.
Foi deputado estadual pelo PMDB entre 1983 de 1987, deputado federal constituinte entre 1987 e 1991 pelo PMDB e deputado federal entre 1991 e 1995, pelo PSDB. Em 1994, foi eleito vice de Mário Covas (PSDB).
Renunciou ao mandato de deputado federal para assumir o mandato de vice-governador do estado de São Paulo, em 1º de janeiro de 1995. Disputou a Prefeitura de São Paulo em 2000, e obteve 17,25% dos votos válidos no primeiro turno.
Alckmin foi vice-governador entre 1995 e 2001. Assumiu o governo paulista em 6 de março de 2001 após a morte do então governador Mário Covas. Foi reeleito em 2002.
Afastou-se do governo paulista em 31 de março de 2006 para disputar a Presidência da República e foi derrotado no segundo turno pelo candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva.
Também disputou a Prefeitura de São Paulo em 2008, mas deixou a disputa ainda no primeiro turno, em terceiro lugar, com 22,48% dos votos.
A campanha de Alckmin
Geraldo Alckmin (PSDB) fez campanha para a reeleição sem deixar o cargo de governador de São Paulo. O tucano afirmou que apresentaria suas propostas ao eleitor em horário fora do expediente, sobretudo no almoço, e aproveitou compromissos oficiais como governador para anunciar, como candidato, projetos complementares.
Mesmo sem divulgar o plano de governo antes do 1º turno, os temas que centralizaram a campanha foram obras expansão do Metrô na Grande São Paulo e de interligação por trilhos da capital com o interior e o litoral. Pelos adversários, foi criticado e questionado sobre a crise de abastecimento no estado, mas negou a possibilidade de falta d’água e implantação de rodízio em São Paulo.
No setor da segurança, foi alvo de críticas sobre falhas no funcionamento do Detecta, software que integra informações dos bancos de dados da segurança pública na tentativa de diminuir a criminalidade. Durante a campanha, Alckmin prometeu dobrar o número de câmeras na capital e ampliar o sistema para todo o estado, mas foi questionado sobre a operação do Detecta. O candidato afirmou que o software ainda passava por testes, mas que já apresentava resultados.
Melhorias na área da saúde, como construção de novos hospitais, ampliação de exames oferecidos e do atendimento de referência em unidades estaduais, também foram prometidas pelo tucano. Alckmin divulgou que a prioridade de seu governo, em caso de sua reeleição, seria expandir a rede de combate ao câncer no estado.
Já na campanha durante o horário politico, Alckmin conseguiu suspender bloco de propaganda de Paulo Skaf (PMDB) na TV que fazia denúncias na área da segurança pública contra o tucano. O vídeo exibia o depoimento da irmã de um policial militar assassinado no qual ela afirma que o caso havia sido registrado na delegacia como latrocínio, em vez de homicídio qualificado. O tucano também obteve direito de resposta na televisão.
Apuração em SP
Atualização em 23h25 com 88753 seções apuradas do total de 88753:
Geraldo Alckmin (PSDB) – 57,31% – 12.230.807 VOTOS
Skaf (PMDB) – 21,53% – 4.594.708 VOTOS
Padilha (PT) – 18,22% – 3.888.584 VOTOS
Gilberto Natalini (PV) – 1,22% – 260.696 VOTOS
Maringoni (PSOL) – 0,88% – 187.487 VOTOS
Laércio Benko (PHS) – 0,62% – 132.042 VOTOS
Walter Ciglioni (PRTB) – 0,11% – 22.822 VOTOS
Wagner Farias (PCB) – 0,06% – 12.958 VOTOS
Raimundo Sena (PCO) – 0,05% 11.118 VOTOS