Um dos presos foi o ex-prefeito Carlos Ananias Campos de Souza (PSDB), que governou Lucélia entre os anos de 2001 e 2004.
Operação desencadeada em todo o Estado de São Paulo pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prendeu cinco empresários do ramo de embalagens plásticas para lixo hospitalar e residencial. Entre acusados de fraudar licitações, lucrando mais de R$ 100 milhões em dois anos, o Ministério Público analisa a participação no esquema do mariliense Adilson Aparecido Lino, 39 e do empresário de Oscar Bressane Luiz André. Ambos seriam sócios – também há a informação de que Lino seria funcionário de Adilson -, foram detidos ontem e cumprem mandado de prisão preventiva de cinco dias.
Adilson foi preso às 6h de ontem, na rua João Batista Detregiachi, bairro Palmital, zona norte de Marília. Operação teve a participação das polícias Militar e Civil. Computadores dos acusados também foram apreendidos e devem passar por perícia. Ambos prestaram depoimento na tarde de ontem ao Ministério Público Estadual em Marília.
O Gaeco chegou até a dupla através da operação denominada Colludium. A ação foi deflagrada em todo o Estado de São Paulo e cumpriu mandados de prisão expedidos contra empresários responsáveis por fraudes de procedimentos licitatórios. De acordo com os promotores que atuaram na ação, o grupo comprava a desistência de outros participantes em licitações públicas. Os envolvidos superfaturavam os preços dos valores de produtos para que os fraudadores dominassem o mercado. A investigação do Gaeco apurou que funcionários públicos também estão envolvidos nas transações fraudulentas. O trabalho de investigação levou cerca de dez meses e apontou que os acusados estão envolvidos com fraudes em licitações de embalagem plástica para lixo hospitalar infectado.
A estimativa é que o grupo tenha lucrado R$ 100 milhões em dois anos. Na manhã de ontem cinco mandados de prisão foram cumpridos em Bauru, Marília, Jaú e Lucélia. No total foram expedidos pela Justiça 27 mandados de busca e apreensão. A operação também foi realizada em São Paulo, Indaiatuba, Carapicuíba, Taboão da Serra e Oscar Bressane. O Gaeco também apontou fraudes em licitações nos Estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Fonte: www.diariodemarilia.com.br