Se o legislativo quisesse teria ao menos 11 votos para afastar o atual prefeito, mas as circunstâncias podem ser diferentes.
A Câmara de Tupã mantém 6 vereadores dos 11 da legislatura anterior que cassaram o mandato do ex-prefeito José Ricardo Raymundo (PV), – Antônio Alves de Souza, o “Ribeirão” (PP), Augusto Fresneda Torres, o “Ninha” (PSDB), Alexandre Scombatti (PL), Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru” (PSD), o pastor Eliézer de Carvalho (PSDB) e Paulo Henrique Andrade (PSDB).
Destes, em tese, apenas Shigueru, o presidente do legislativo, não votaria pelo impedimento de seu parceiro de partido e da colônia japonesa, Caio Aoqui. Os demais têm espírito de “caçador de prefeito”.
A denúncia protocolada na Câmara, na tarde desta quarta-feira (6), possui o mesmo teor da anterior, mas as circunstâncias são outras. Inclusive, o vice-prefeito Renan Victor Pontelli (PSDB), que também atuou na cassação de Raymundo, hoje é o vice-prefeito de Caio.
Além de a atual composição da Câmara manter 6 parlamentares que já atuaram num processo de impeachment, outros 5 deixaram recentemente a base aliada do prefeito, por descontentamento político com o chefe do executivo tupãense.
Fazendo essa leitura simples, não é difícil entender de que, se a Câmara quisesse, teoricamente conseguiria no mínimo os 11 votos para cassar o mandato de Caio Aoqui, logo, para aceitar a denúncia de abertura de processo não teria problemas para somar 8 votos.
GRAVITAÇÃO
São os dissidentes que podem fazer girar o centro gravitacional – da interação da oposição. Entre eles estão 3 novatos: Marcos Rogério Gasparetto (PSD), Cristina Vicente dos Reis Fernandes, a professora “Cris” (PC do B) e Renato Fresneda Delmori, o “Renatinho da Garagem” (PL).
Ninha Fresneda (4º mandato) e Paulo César Soares, o Paulo da “Farmácia” (PSD), já estreou como suplente na legislatura anterior.
A Câmara de Tupã, renovou definitivamente 7 dos seus 15 parlamentares, nas eleições de 2020. Podemos considerar ainda, também como “novos” o próprio Paulo da “Farmácia” e Antonio Brito (PV), que já foi suplente.
Os iniciantes são: Israel Velloso as Silva Neto, o “Tutu”, Lucas Hatano, Marcos Gasparetto, todos do PSD. Ainda, Claudia Aparecida da Silva, a “Claudinha do Povo” (PP), Professora “Cris”, Eduardo Alexandre Sanches, o “Du do Serv Festa” (Podemos) e “Renatinho da Garagem”.
OUTROS “CAÇADORES”
Os outros 4 “caçadores de prefeito” de 2019, que entraram para a história política de Tupã com a cassação de Ricardo Raymundo foram: Amauri Sérgio Mortagua (PL), Charles dos Passos Sanches (PSDB), Telma Tulim (PSDB) e Tiago Munhoz Matias (PP).
O pedido de impeachment foi de autoria do advogado André Gustavo Zanoni Braga de Castro, o “Pena”.
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