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Caio espera apoio “extremista” para virar a página do governo

Nem o próprio Bolsonaro escondeu-se do ex-governador João Doria – Reprodução Twitter

A eleição de Jair Bolsonaro “não foi boa para o país” e o presidente procura gerar “confusão” para o desenrolar do processo eleitoral de 2022, dizia Kassab. Apesar disso, Caio Aoqui aposta no apoio de seu partido ao candidato Tarcísio ao governo de São Paulo.

Foto de manifestação de bolsonaristas durante protesto em Tupã

Como chegar ao ponto exato da mudança, não existe uma fórmula. Ela pode acontecer por uma decisão própria ou pela circunstância alheia à sua vontade.

No jogo político, além de existir a necessidade de você virar a página para sobreviver, é preciso contar com fatores externos, que dependem do posicionamento das peças no tabuleiro de xadrez. Portanto, nem sempre é você quem vai ter que decidir.

É o caso do prefeito de Tupã, Caio Aoqui (PSD). Apoiou o ex-governador de São Paulo, João Doria (BolsoDoria), mas escondeu as imagens ao lado dele. Apenas uma foto sobrou e que foi usada pelos bolsonaristas para um desses protestos contra tudo e todos, inclusive contra o próprio chefe do executivo tupãense.

Durante toda a gestão de Doria, o prefeito manteve se contido, meio desalinhado com os rumos da política estadual e nacional e Tupã ficou de fora desse contexto.

Marcio França, pai do deputado estadual Caio França, o último governador a visitar Tupã

O último governador que visitou Tupã foi Márcio França (PSB), em 2018, na gestão do ex-prefeito José Ricardo Raymundo (PV).

À época quem trouxe o governador a Tupã foi o ex-vice-prefeito Thiago Santos (PL), possível candidato a deputado estadual pela sigla que dá abrigo a Jair Bolsonaro.

O Partido Republicanos lança como candidato ao governo de São Paulo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas, que recebeu o apoio do PSD de Gilberto Kassab, até então, “condenado” pelos bolsonaristas.

O Partido Social Democrático (PSD) é o mesmo do prefeito Caio Aoqui e do presidente da Câmara, Eduardo Akira Edamitsu, o “Shigueru”. Era tudo o que Caio precisava para o momento.

– É um momento muito alegre, muito feliz pra mim, expressou o chefe do executivo, ao anunciar da sede do PSD o elo entre o seu partido e o apoio que promete dar ao candidato de extrema direita.

Para quem viajou 800 km ida e volta até Pirassununga, apenas para fazer um “book” fotográfico com Jair Bolsonaro e sua comitiva ao lado do presidente do legislativo, agora pode extravasar em alegria.

Olha que, Caio Aoqui nem quis tomar conhecimento do protocolo do pedido de impeachment feito na Câmara municipal nesta quarta-feira (6). Permitiu que seus “analistas” fizessem o acompanhamento dos desdobramentos e viajou para a capital para trazer na bagagem uma possível virada de página política.

Agora, abertamente, sem João Doria, mas com Tarcísio e Bolsonaro, o prefeito espera ter o respaldo de extremistas para defendê-lo no “tabuleiro” do emaranhado momento político que vive atualmente.

POSICIONAMENTO

Caio e Renan Pontelli durante lançamento de campanha, em 13 de setembro de 2020

O que se espera a partir de agora é a verificação de um novo posicionamento de Caio Aoqui. Será mais humilde em suas decisões?

Ouvirá mais os parceiros com os quais comprou uma “fazenda” de porteira fechada, ou vai seguir delapidando o capital político e entregar no final de seu mandato apenas a área desértica – sem nenhum fruto a ser colhido ou nem mesmo porcos para tocar?!

O cenário político nacional ou estadual, nem sempre interfere no clima local. Portanto, é preciso se cuidar para evitar a desistência de virar a página e, por outro lado, não dá para imitar o mito e insistir na teimosia em jogar para seus seguidores e fingir ser diferente de todos.

MIJADA

Caio, Ricardo e Gilberto Kassab, em visita a Tupã em 9 de novembro de 2017

Foi o próprio Gilberto Kassab quem disse: a eleição de Jair Bolsonaro “não foi boa para o país” e que o presidente procura gerar “confusão” para o desenrolar do processo eleitoral de 2022, além da possibilidade de uma ruptura institucional, publicou em 27 de agosto de 2021, o UOL.

Quem acreditava que em menos de um ano Kassab fosse “mijar pra trás”? Logo, é uma loteria apostar que o apoio a Tarcísio irá trazer novos ares institucionais para a política de Tupã.

Afinal, na hora da verdade, os “amigos” sempre mijam para trás, como deixou escapar em áudio o presidente da Casa de leis.

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