O “bicicletário” e a Casa de Apoio

A pista de Motocross do “Zé” Raymundo e a Casa de Apoio do Zé Maria

Foto: Divulgação
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Qual a diferença e a importância de um e outro projeto. Não dá para dimensionar este ou aquele, mas dá para definir prioridades. O que é prioridade? Para alguns depende do ponto de vista. Para outros, é prioridade aquilo que tem maior importância sem levar em consideração interesses individuais. E nesse caso, o que é mais importante? Eis a questão.

Quando encontramos dificuldades em dimensionar o que é mais importante levando em consideração que seria de fundamental importância a ordem de chegada de uma reivindicação ou de outra.

O vereador José Maria de Oliveira, “Zé Maria” (PROS) havia sugerido ao Executivo a instalação da Casa de Apoio em Marília para auxiliar pacientes que vão diariamente àquela localidade em busca de atendimento de saúde.

A ideia surgiu também em observação do projeto ser realizado por outras cidades da microrregião de Tupã, como Bastos e Iacri. Tem sido uma tendência das administrações amenizar o sofrimento de tantas pessoas que saem ainda na madrugada e permanecem o dia inteiro perambulando como indigentes embaixo de árvores enquanto aguardam o atendimento de todos os pacientes. Somente após horas sob o sol e nas calçadas de Marília é que essas pessoas retornam à noite para Tupã.

Então, analisando pela ordem de chegada da indicação (Casa de Apoio) e do “bicicletário”, o prefeito Manoel Gaspar (PMDB) tinha moralmente que atender primeiro ao pleito do parlamentar Zé Maria. Principalmente para quem fez toda sua campanha em cima da plataforma da área da saúde. A ideia é simples, não requer muito investimento e o benefício é de grande alcance social. Não que o “bicicletário” não seja. Ao contrário, até é de cunho preventivo à saúde e remete em benefício ao meio ambiente, trânsito etc., mas justiça seja feita: Zé Maria é preterido pela sua possível falta de articulação política, ainda que tenha sido o vereador mais votado (1500 votos) eleito pelo PT, mesmo partido do vice-prefeito Thiago Sousa e do secretário de Segurança no Trânsito, José Romero Sobrinho, “Riti”.

Parceiro da Administração, defensor da área social e humilde – Zé Maria preferiu deixar o Partido dos Trabalhadores e se filiar ao PROS, acreditando que poderia ter mais espaço no Governo Municipal, mas infelizmente o espaço é zero, levando em consideração outros vereadores eleitos ou reeleitos que estão ao lado de Gaspar por conveniência política e por estarem ao lado do poder.

“DEFESA”

Em “defesa” da mulher, Telma Tulim (PSDB) é um exemplo clássico disso. Foi líder do ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) tentou por todos os meios criar um Departamento para que pudesse comandar e não foi atendida. Já Gaspar confia piamente na lealdade da parlamentar. Bastou votar no presidente da Câmara escolhido pelo Executivo e ganhou o Departamento.

O Departamento de Atenção à Mulher é ligado à Secretaria de Promoção Social e tem a função desconhecida por muita gente ligada à Administração. A reportagem do blog encontrou dificuldades em descobrir a nomenclatura do Departamento. São contestáveis o real objetivo desse Departamento e quanto a sua finalidade.

Outro dia, em uma das sessões ordinárias do Legislativo, a vereadora “prestava contas” das supostas atividades do órgão. Todas as atividades eram subjetivas. Ou seja, podem ou não terem sido prestadas pelo setor.  A Casa de Apoio é diferente. Ela efetivamente vai atender quem de fato precisa. Todos os dias, dezenas de mulheres, homens, na maioria idosos e crianças buscam atendimento digno de saúde fora do município.

A diferença de tratamento entre o vereador Zé Maria e Telma Tulim, por exemplo, é que não dá para entender. Assim como não dá para entender por que primeiro o “bicicletário” sugerido pelo vereador Rudynei Monteiro (SDD-Solidariedade) e não a Casa de Apoio? Por que a pista de Motocross reivindicada pelo vereador José Ricardo Raymundo, “Ricardo Lajes Tamoyo” (PV) e não a Casa de Apoio?

E, finalmente, por que primeiro o projeto de revitalização da avenida Tamoios e não o projeto que leva dignidade à vida de quem precisa de saúde? Por que, não “tocar” todos os projetos simultaneamente, se todos os vereadores têm apenas um voto na Câmara e todos representam os possíveis interesses da população? Qual a diferença entre o Zé da situação de sempre e os demais vereadores que sempre querem ficar na situação de faz de conta? Não sei! Alguém já disse parafraseando um vereador tupãense: “não se faz Copa com hospitais”.

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