O pedido de abertura de processo seletivo foi feito antes de Mauro Guerra assumir oficialmente a Secretaria de Educação.
O secretário de Governo e Administração, Cláudio Zapolato deve explicações à população sobre procedimento duvidoso a respeito de licitação que culminou com a contratação da PAIDEIA – Consultoria e Assessoria, responsável pelo processo seletivo para a contratação de professores para a rede municipal.
Na tarde desta terça-feira (18), um vereador de oposição esteve no setor de Compras da prefeitura solicitando informações sobre o processo 110/2017. Este era o procedimento que teria dado origem à licitação. Neste documento existiria assinatura do ex-diretor da ETEC – Escola Técnica do Centro Paula Souza, Mauro Guerra Eduardo (PV).
Agindo como um usurpador – sem ter o direito de assinar como secretário de Educação, Mauro Guerra enviou ofício de nº 001/17 ao secretário Zapolato solicitando a realização do processo seletivo. O documento é datado do dia 3 de janeiro. Num outro ofício do dia 13 de janeiro, Mauro Guerra informa a Secretaria de Assuntos Jurídicos sobre o motivo pelo qual deixaria de atender uma solicitação de vaga para uma criança na creche professora Irene Resina Migliorucci.
Conforme a capa do processo requerido pelo pretendente secretário da Educação, no dia 5, o procedimento interno recebeu o número 110/2017. Fotos dos respectivos documentos foram tiradas e apresentadas aos parlamentares que aguardavam obter outras informações para denunciar a irregularidade.
Entretanto, para a surpresa do vereador o processo 110 foi transformado no 120. Aliás, o setor responsável em fornecer a informação ao edil já tinha conhecimento de que o documento solicitado só deveria ser apresentado após consentimento do secretário de Governo e Administração, Cláudio Zopolato. O blog constatou que a publicação oficial do contrato 45/17, já fazia referência ao processo 120/17.
Essa informação chega ao conhecimento da imprensa no exato momento em que é questionada a falta de competência da empresa PAIDEIA. Além disso, não responde aos cerca de 700 candidatos sobre os recursos e a homologação dos classificados. O próprio secretário de Governo Zopolato confirmou em entrevista ao Diário desta terça-feira ter solicitado agilidade na publicação dos aprovados.
Enquanto isso, pelo menos duas representações teriam sido feitas junto ao Ministério Público pedindo investigação sobre o processo seletivo.