Quadrilha Junina: shows da festa podem ter sido superfaturados

O “Tupã Junina 2011”, de 25 a 29 deste mês, vai ter atrações como: Liu e Léu, Jeito Moleque e João Carreiro e Capataz. A prefeitura fez questão de divulgar os preços de cada show, como se quisesse demonstrar transparência no processo e causou estranheza.

Foram anunciados shows de R$ 15 mil (Liu e Léu); R$ 35 mil (Jeito Moleque) e R$ 80 mil (João Carreiro e Capataz). É de conhecimento público, que para contratar cantores renomados é dispensado o processo de licitação.

Mas, como garantir que determinado show de artista renomado não exista um valor superfaturado? O questionamento foi feito em relação aos shows anunciados para o evento junino de Tupã.

Quando a imprensa noticiou os valores de cada show, pessoas da área questionaram, principalmente o da dupla sertaneja João Carreiro e Capataz.

É comum nestes contratos, ser cobrado o cachê e mais a quilometragem rodada, ou seja, a distância que o artista vai percorrer da cidade de origem até o local do evento.

Exemplo: o show que eventualmente custe R$ 35 mil, pode chegar a cifras de até R$ 45 mil. Aliás, este seria o valor que teria sido cobrado, mas não houve acordo.

O desacordo teria sido no valor da nota que o artista deveria emitir para a prefeitura comprovar o pagamento do show de R$ 80 mil.

Acontece que há custo sobre o valor da nota e, mesmo que a prefeitura banque, há eventuais encargos fiscais e possíveis comprometimentos com a Receita Federal.

Então, o questionamento que se faz é o seguinte: a dupla João Carreiro e Capataz vai custar aos cofres públicos R$ 30, R$ 35, R$ 45 ou seria mesmo o cachê no valor de R$ 80 mil, conforme questionou um empresário do setor artístico que perdeu o show para os pupilos dos universitários?

Presume-se, que os demais shows tenham sido tratados seguindo o mesmo raciocínio financeiro. O que custa pouco mais de R$ 15 mil, ser R$ 10 mil; o que custa R$ 35 mil, poderia sair por R$ 25 mil e, assim, respectivamente e sucessivamente.

Recentemente o Ministério Público de Pompéia questionou um show e representou contra o prefeito da cidade, exatamente pelo preço pago a uma dupla sertaneja que havia tocado dias antes em outra vizinha cidade, por um valor menor.

Daniel esteve há quase dois anos na Festa do Ovo em Bastos, levou seu time “Daniel Futebol Clube” para jogar na cidade e cobrou cachê em torno de R$ 80 mil. Passado algum tempo, esteve em Tupã por um cachê equivalente a R$ 120 mil.

Só para lembrar, durante a campanha de reeleição do prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), foi usado um jingle na voz do cantor Daniel. Teria havido recompensa?

E agora, os valores dos shows são mesmo os anunciados ou há por trás da “cortina de fumaça” da fogueira junina algum espetáculo diferente?

Quem mais vai “puxar o fole da sanfona”? E os noivos do Paço, já deram o passo? Cadê o delegado que manda no casamento?

A quadrilha está solta, na Tupã Junina 2011. Show Pirotécnico e queima dinheiro!

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