Receita com assinatura supostamente falsificada provoca exoneração de enfermeira-chefe do PSF “B”

A “oposição” dentro da saúde da atual administração também se fortalece com apoio de vereadores.

A enfermeira chefe da unidade, Aline de Aquino vai pedir exoneração, após responder processo administrativo sob acusação de ter assinado uma receita em nome do médico da unidade do PSF “B”, localizado no Conjunto Habitacional, “Antonio Pereira Gaspar”, Zona Leste. O fato teria ocorrido durante as férias do médico José Eduardo Águas.

O remédio seria de alto custo e foi parar na Farmácia Municipal e o fato foi descoberto. Mas a principio aparentemente resolvido depois de uma conversa interna entre o secretário de Saúde, Antonio Brito (PMDB) o médico e a enfermeira. Mas Brito abriu o procedimento de investigação e o procedimento correu quase que à revelia.

Agora temendo ser exonerada à bem do serviço público o que prejudicaria a carreira da enfermeira no setor público, ela deve pedir demissão e constituir um advogado para defendê-la junto à diretoria do Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde (CRIS).

RECEITA BRANCA

Não é a primeira vez que uma receita provoca reboliço no meio médico da saúde municipal. Conforme o blog havia divulgado em 17 de julho, uma receita branca tornou público um esquema montado para “minar” a atual diretoria do Programa Saúde da Família.

A receita branca revelou uma questão passional, ciúmes e intrigas. Além disso, há irregularidades que comprometem o atendimento à população e o Ministério Público deve intervir para coibir a pratica que é rotineira nesta e, em outras unidades de saúde. Os médicos não cumprem a carga horária.

Toda a trama da receita branca teria sido descoberta por apenas um detalhe: não se receita, por exemplo, um calmante com esse tipo de receituário. O normal seria uma receita azul. Como aconteceu o contrário, o fato foi descoberto. Logo chegou ao conhecimento do médico José Eduardo Águas que garantiu que não prescreveu tal medicamento e, supostamente a assinatura não seria dele.

Alguém, não se sabe quem, teria se apropriado dos documentos com o carimbo do médico que não cumpriria o horário de atendimento (40 horas semanais) e receitou o medicamento para um paciente da unidade.

A informação anterior era de que, quem teria feito isso, queria atingir a atual diretora da unidade. O interesse da autora (o) seria trazer para o comando a ex-diretora, colocada no cargo ainda durante a administração de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB). Depois do fato descoberto o médico teria alegado que ele e a atual diretora do PSF não poderiam trabalhar juntos.

Em contrapartida, a coordenadora do PSF teria feito uma exigência ao médico: o clínico teria que cumprir às 40 horas semanais de trabalho. Águas teria retrucado que a coordenadora sabia que ele não teria como cumprir o horário, por causa da sua prestação de serviços para uma usina de açúcar e álcool.

A SAÚDE DA OPOSIÇÃO

Que o prefeito Manoel Gaspar mudou pouca coisa da administração anterior até o ex-prefeito Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) declarou na imprensa nesta semana. No almoxarifado a performance do tucano continua em alta. Assim também caminha na saúde, a começar pelo secretário: Antonio Brito também foi secretário da mesma pasta na administração anterior.

Agora com apoio de vereadores de oposição e da situação a ex-braço direito do ex-secretário de Saúde, Cesar Donadelli (PSDB) deve substituir Silmara Góis. Do PSF de Universo deverá sair Josilaine Cristina Pio para assumir a Coordenadoria Geral dos PSF’s.

A enfermeira “Josi” aparecia na relação das possíveis beneficiadas pelos famigerados concursos sob suspeita de fraude praticada pela administração Waldemir. Fraudes que o tornaram inelegível por três anos por determinação da Justiça. Waldemir foi condenado com seu ex-secretário de Governo, Adriano Rogério Rigoldi, ambos do PSDB.

Pelo andar da carruagem a oposição mostra disposição e avança. Apoiada por parlamentares que transitam entre a vida e a morte, a saúde da administração Gaspar vai ficando comprometida. Está minando aos poucos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *