Separados pelo tempo: família de Santópolis e motorista se encontram

Teste de DNA ou prontuário em hospital de Birigui pode confirmar parentesco.

MOTORISTA MÃE 1

Zemanta Related Posts ThumbnailO encontro entre o motorista Valter da Silva Souza, 43 anos, morador em Itanhaém (Baixada Santista) e integrantes de uma família moradora em Santópolis do Aguapeí, na região de Araçatuba aconteceu na quarta-feira (7).

O encontro foi possível a partir do momento que o marido de Rita de Cassia Santana ouvia a Rádio Cidade FM (91,5) e se identificou com a história contada pelo motorista. Rita é uma dos quatro filhos de Maria Temoteo do Nascimento, 61 anos, falecida em 22 de janeiro de 2013.

Em 1971, Maria do Nascimento morava numa propriedade rural de Clementina e engravidou do capataz da fazenda, identificado por Damião. Após o parto realizado na Santa Casa de Birigui, o pai da adolescente, à época com apenas 14 anos, entregou o recém-nascido para um casal tupãense.

“Eu tenho mais quatro irmãos. O mais velho é um homem com 43 anos de idade. A nossa suspeita é que o Valter tenha sido registrado bem depois, o que justificaria o desencontro da idade da minha mãe, para a idade que ele imagina que a mãe dele tinha nos dias de hoje”, disse Rita nesta sexta-feira (9) por telefone quando estava em Birigui, buscando informações no hospital da cidade sobre o nascimento do motorista.

Os fatos narrados pela Rita e o Valter se fundem. Além disso, há semelhanças físicas com as supostas irmãs. Segundo uma testemunha, Valter também se parece muito com o capataz da fazenda identificado por Damião pai da criança doada para família de Tupã. Já o avô de Rita, autor da doação não se recorda do nome do casal tupãense que ficou com o recém-nascido. Com mais de 90 anos de idade e após mais de 40 anos do fato, não tem nenhuma lembrança detalhada do ocorrido.

O motorista Valter da Silva Souza está a passeio em Tupã, na casa de parentes e aproveitou a oportunidade para procurar a Rádio Cidade FM (91,5) para fazer um apelo na tentativa de localizar a mãe biológica.

Ele conta que quando nasceu, em 1971, foi adotado pelo casal – Lídio de Souza e Marinete da Silva Souza (in memoriam). Com alguns meses de idade seus pais adotivos se mudaram para a Baixada Santista e só foi reencontrado pelos familiares tupãenses quase 30 anos depois, também através do rádio. Ele acredita que sua mãe estaria com 57 anos, mas, o motorista pode ter sido registrado alguns anos depois.

Os pais adotivos omitiram qualquer pista sobre identidade ou possível paradeiro da mãe biológica e o que se sabe foi através de terceiros. Com a morte dos pais adotivos o que parecia quase impossível, um reencontro entre mãe e filho, pode estar se encaminhando para um reencontro com o passado dele, ocorrido em Clementina, com possível registro em Birigui e ponto de partida em Santópolis do Aguapeí.

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