A zona leste foi a região mais afetada. Telhados foram arrancados, dezenas de árvores caíram e provocaram danos na rede elétrica e em residências.
Queda de árvores, alagamentos, desabamentos, rachadura, danos em imóveis, destruição de plantação, nas estradas rurais e vias públicas.
A manhã desta segunda-feira, dia 15, foi de muito trabalho para funcionários da prefeitura e donas de casa.
Os prejuízos ainda não foram calculados, mas as lojas de materiais de construção não estão vencendo os pedidos de telhas para reparar os danos.
A força do vento retorceu ferragens de painéis, ponto de ônibus e telhados de zinco. Bicicletas voaram.
Alguns prédios públicos foram afetados, como a Creche localizada na Vila Formosa e o prédio de um projeto social na Rua Pedro Pavanelli, Jardim Santa Maria.
Não há nenhuma informação oficial, mas as rajadas de vento podem ter facilmente atingido perto de 100 km/h. Além da chuva torrencial iniciada por volta de 0h45 minutos da madrugada, houve precipitação de granizo.
Raios contínuos, ventania, forte volume de chuva e granizo juntos provocaram aflição e medo. Uma moradora da zona Sul disse que sua residência na Rua Grécia, Jardim Europa ficou completamente alagada.
“Acordei com a água subindo. Corri para pegar o cachorro e não deu tempo para mais nada. Molhou jogo de sofá, rack novinha, o motor da geladeira e por muito pouco, não entrou água no meu veículo”, comentou Silmara Zagatto.
O problema, segundo ela, acontece quando a chuva é muito forte e o bueiro não consegue escoar a água pluvial e, consequentemente, invade seu quintal e a própria casa.
O secretário de Obras, Renan Pontelli informou que as equipes de trabalho estão espalhadas em várias frentes, mas ainda não foi possível fazer um levantamento sobre os estragos. “Calculo inicialmente que 100 árvores foram afetadas. Algumas arrancadas pela raiz, outras desgalharam e ou caíram parcialmente”.
A concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica disse pela manhã, através da assessoria de imprensa que existiam problemas isolados. “Apesar de as equipes terem iniciado os trabalhos ainda na madrugada, muitos galhos de árvores impediam que os fios rompidos fossem substituídos para restabelecer o fornecimento de energia elétrica, mas com certeza, no decorrer do período tudo estará resolvido”, garantia a Energisa.
MACRODRENAGEM
Como é do conhecimento de todos, em 2010, a administração de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB), iniciou as obras de macrodrenagem após receber recursos da ordem de R$ 25 milhões do governo federal, entretanto, 8 anos depois, R$ 15 milhões estão literalmente embaixo da terra, e outros R$ 10 milhões nos cofres da Prefeitura.
Apesar do investimento e do dinheiro disponibilizado as obras estão inacabadas, o recurso parado e o prefeito José Ricardo Raymundo (PV) terá prazo somente até dezembro para concluir o que não foi feito em quase uma década.
A atual administração garantiu que até dezembro as obras serão retomadas, mas a previsão não se confirmará.
Uma confusão jurídica se estabeleceu sob suspeita de interesses escusos envolvendo o Consórcio Leão Leão e a municipalidade. O impasse não será resolvido em tempo e a prefeitura admitiu uma nova licitação, porém, sem sucesso.
Nesta madrugada, o “piscinão” na Vila Marajoara encheu, extravasou e danificou o alambrado da AMAE II.
Em 4 de janeiro de 2014, no período da noite, Tupã foi atingida por um temporal idêntico ao registrado nesta madrugada. A diferença é que há quase 5 anos, a tempestade foi mais duradoura.
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