Foto ilustrativa/Divulgação/PMB
A denúncia faz parte de ação penal movida pelo Ministério Público.
A ação é baseada em inquérito policial que realizou busca e apreensão em imóveis de Bastos (SP), com objetivo de localizar entorpecentes e outras possíveis provas, sobre o que o Ministério Público (MP) classificou de organização criminosa.
De acordo com o promotor de Justiça, Rodrigo de Andrade Figaro Caldeira, três pessoas, das quais duas exercendo cargo de funcionários públicos da Prefeitura de Bastos, se associaram para promover o tráfico de drogas prevalecendo-se da função pública.
O grupo era responsável pela aquisição, fornecimento, transporte, distribuição e venda de cocaína, em Bastos e Tupã.
As investigações tiveram início com a apreensão de um celular marca “Apple”, modelo “iphone 7 plus”. O aparelho foi periciado pelo Instituto de criminalística da Polícia Civil de Tupã.
A droga era adquirida em Marília e Pompéia e transportada em veículo oficial do município. Para o MP trata-se de crime considerado hediondo.
A denúncia foi oferecida à Justiça e os acusados incursos no artigo 35, “caput”, c.c. artigo 40, inciso II, ambos da Lei nº 11.343/06.
Depois de os denunciados serem interrogados, deverá ser designada audiência de instrução e julgamento dos réus. Testemunhas também deverão ser ouvidas.
OUTRO LADO
A reportagem manteve contato com a assessoria do prefeito de Bastos, Manoel Rosa (MDB), e o Departamento Jurídico informou “que a administração não vai se manifestar sobre processo criminal envolvendo ex-servidores, cuja a Prefeitura não é parte integrante da ação”.
O que fica subentendido que o prefeito Manoel Rosa se exime de responsabilidade, inclusive, a de esclarecer a opinião pública sobre atos considerados graves, como a existência de uma organização, que atuou dentro das repartições públicas, e se utilizou de veículo público para praticar o crime de tráfico de drogas.
Das três pessoas envolvidas na denúncia, duas ocupavam cargo de confiança do chefe do Executivo.
O grupo se associou para o tráfico de drogas, no mínimo, no período de junho a outubro de 2020, conforme denúncia do MP, concluída em 20 de junho de 2022.
No período dos crimes, o prefeito Manoel Rosa tentava sua reeleição e estava em campanha.
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