Deputado Calegário vende prédio e investe R$ 1,3 milhão em pirâmide financeira.
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O deputado estadual do Acre Fagner Calegário (Podemos) investiu R$ 1,3 milhão em uma suposta pirâmide financeira denominada Lance Certo LTDA e saiu no prejuízo. Pelo menos é o que consta numa ação de enriquecimento ilícito com pedido de restituição de valores e tutela e urgência protocolado junto à 3ª Vara Civil de Rio Branco em janeiro deste ano ao qual o ac24horas teve acesso com exclusividade. Leia mais: LANCE ERRADO!?
De acordo com a ação, em março de 2022, foi apresentado ao parlamentar o Lance Certo, empresa que era responsável por outras empresas do mesmo grupo econômico, as quais atuam no ramo de trader esportivo, pub sertanejo, criptomoedas, posto de combustível, casa de aposta on-line, dentre outros – figurando como donos o empresário Anderson de Oliveira, vulgo “Anderson Salgado”, tendo como sócia sua esposa, Aline Barbosa, ambos do Estado de São Paulo.
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O parlamentar argumentou que o dono do Lance Certo usava o Instagram para ostentar uma vida de luxo com vários carros importados e bebidas caras. “Ele também demonstrava seus empreendimentos milionários, aliando sua marca “Lance Certo” com artistas famosos da televisão, aqui cito o Fofoquito do SBT. Segundo Anderson Salgado, seus negócios são multimilionários, e ingressar no negócio é uma oportunidade de mudar de vida”, aponta Calegário em trecho de sua ação em que pede o dinheiro investido de volta.
Segundo consta nos autos, o empresário do Lance Certo já teria desativado suas redes sociais e os advogados de Calegário afirmam que o parlamentar teria sido vítima de um golpe de pirâmide financeira, onde o negócio consistia num investimento financeiro com rendimento de 7% do valor total ao mês, a título da rentabilidade do lucro das empresas, e, ao final de 12 meses, tinha a opção de renovar o contrato, ou pedir a devolução integral do valor aportado.
Os advogados afirmam que Calegário ainda recebeu uma pequena parte do dinheiro investido, mas em novembro de 2022, a empresa acusada de ser uma “pirâmide”, emitiu um comunicado, informando que suspenderia saques, transferências e rentabilidade e foi neste momento que o deputado teria descoberto que caiu em um golpe, pois a empresa simplesmente pagava seus investidores, com dinheiro de novos investidores, e uma hora a engrenagem travaria. A empresa, segundo consta na defesa, teria movimentado mais de R$ 300 milhões de investidores Brasil a fora.
A minuta inicial está na mesa do juiz Gustavo Sirena desde o dia 26 de fevereiro e aguarda decisão sobre o caso. A defesa argumenta que recentemente houveram duas decisões no Estado de São Paulo em que investidores tiveram seus valores ressarcidos por decisão judicial.
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O ac24horas conversou com o deputado que confirmou a ação e falou que vendeu um prédio no centro de Rio Branco para fazer o investimento na Pirâmide. Ele não falou por quanto o imóvel foi vendido, mas disse que foi perceber que era um golpe somente em novembro. “Eu fiz um investimento e só percebi que era pirâmide em novembro quando os saques foram bloqueados. Cheguei a receber apenas 2% do valor investido”, revelou.
Fonte: ac24horas
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