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SETE POR CENTO! Já são 17 processos protocolados na Justiça de Tupã contra Group Lance Certo, cobrando cerca de R$ 1 milhão

Sete por cento. Esse era o valor da remuneração prometida para os investidores e ou associados do Group Lance Certo, fundado por Anderson de Oliveira, o “Salgado”. Ouça áudio

De acordo com suas redes sociais, o CEO do grupo de negócios “sustentáveis” estaria na Coreia, depois de passagem pela Nigéria, na tentativa de internacionalizar a captação de empreendedores em apostas esportivas, através do Lance Green.

EXCLUSIVO: apostadores do Brasil exigem capital investido em apostas da “Lance Certo”

Enquanto isso, aqui no Brasil, centenas de apostadores e de investidores seguem sem uma resposta convincente sobre o paradeiro do dinheiro aplicado em duas modalidades de negócio que prometiam “Lucro Certo” e remuneração de 7% ao mês, maior que a do mercado financeiro convencional.

A crença num investimento de risco é um direito de todos, mesmo sendo classificada como sinônimo de ganância. Uma conta que não fecha. Muitos serão prejudicados e uma pequena minoria se beneficia de um investimento numa eventual pirâmide financeira.

A conduta supostamente perniciosa que ataca o patrimônio de terceiros para obtenção de vantagem indevida se faz valer do que no direito se classifica por torpeza bilateral. É a chamada fraude recíproca, empregada por agente e vítima.

É nesse campo que duas dezenas de processos já foram protocolados na Justiça tupãense visando responsabilizar o trader “Anderson Salgado”.

Até ontem (26) dezessete protocolos foram feitos nas Varas 1ª, 2ª, 3ª e Juizado Especial, com pedidos de procedimentos de direito processual civil e do trabalho, rescisão de contrato e devolução de dinheiro, indenização por dano moral e bloqueio e desbloqueio de valores, entre outros.

Os valores cobrados vão de R$ 5 mil a até R$ 230 mil, num montante de R$ 951.548,00. Os maiores valores são de investidores do Acre e de Rondonópolis (MT).

Ademário Urbano da Rocha aplicou R$ 224 mil e seu conterrâneo Josualdo Damasceno de Lima, R$ 230 mil. O mato-grossense Dener Juliano Sasso Padilha reclama seus R$ 150 mil.

Também há pequenas quantias aplicadas no negócio, como uma de R$ 5 mil, feita por um cidadão que fez um acerto de contas no trabalho e investiu no Group Lance Certo.

MILHÕES

Por Tupã é possível ouvir comentários dando conta de nomes de grandes empresários e personalidades que acreditaram na rentabilidade e investiram de R$ 500 mil a mais de R$ 1 milhão.

Há também quem apostou milhões na casa de apostas esportivas do mesmo grupo.

A promessa de Anderson, o “Salgado” é de que em fevereiro estará de volta ao país para solucionar todos os impasses criados por terceiros, e que têm prejudicado os negócios do Group Lance Certo.

PROCESSOS

Os dois primeiros processos envolvendo o Group Lance Certo foram protocolados em Jales, região de São José do Rio Preto e em Tupã.

Em Tupã, Alex de Oliveira da Conceição protocolou no dia 13 de Janeiro, denúncia sobre esquema de pirâmide relativo a investimento financeiro.

A ação cível de enriquecimento ilícito, também tem pedido de restituição de valores, por meio de rescisão do contrato com “investimento” de R$ 20 mil, sobre o qual receberia 7% ao mês, a título de rentabilidade do lucro das empresas, e, ao final de 12 meses, poderia renovar o contrato ou pedir a devolução integral do valor aportado, mas não foi o que aconteceu.

Em novembro de 2022, conta o denunciante que a empresa Lance Certo suspendeu todas as transações de saques, transferências e rentabilidades, através de um comunicado aos investidores, tendo o criptoativo da empresa LANCE CON, desvalorizado do dia para noite 97%.

O juiz da 3ª Vara Civil, Edson Lopes Filho deferiu o pedido do requerente: “Os autos indicam tanto a probabilidade do direito quanto o perigo da demora ou risco ao resultado útil do processo, com indícios razoáveis do envolvimento dos réus no cometimento de crime financeiro com potencialidade de lesionar os investidores, além do evidente descumprimento das cláusulas contratuais, ante a emissão do comunicado que suspendeu todas as transações de saques, transferências e rentabilidades, justificando, o deferimento da medida tal como pretendida.

As representações são contra a Lance Certo LTDA, em nome de Aline Barbosa da Silva, mulher do CEO fundador do Group, Anderson de Oliveira.

Assim como em Jales, a primeira ação movida em Tupã visa o bloqueio de bens e de passaportes dos envolvidos. Em Jales foi feito um acordo no valor de cerca de R$ 50 mil, o que resultou no desbloqueio de bens e de documentos e, por consequência, a viagem do acusado para a Nigéria e Coreia.

Leia também: CEO do Lance Certo viajou para Nigéria após acordo judicial

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