O prefeito de Tupã também teria ameaçado tirar a saúde do Consórcio Regional Intermunicipal. Se isso acontecer o CRIS deixará de movimentar recursos mensais da ordem de R$ 1 milhão.
O prefeito de Tupã, Manoel Gaspar (PMDB) renunciou à presidência do CRIS – Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde nesta terça-feira (15). Além disso, Gaspar ameaçou tirar o município dessa organização gestora da saúde que tem sede em Tupã e abrange ainda, as cidades de Herculândia, Arco-Íris, Bastos, Iacri, Queiroz e Rinópolis.
O motivo seria uma suposta tentativa de trocar o gestor do Consórcio. Atualmente o gestor é o dentista Alexandre Ignatius. A pretensão seria emplacar no CRIS a enfermeira Rosangela Urel.
Para que isso acontecesse, haveria que existir uma comunhão de interesses de todos os municípios que integram o Consórcio, porém, apenas Herculândia teria apoiado a idéia, através do prefeito Olendo Golineli Neto, “Leninho” (PSDB).
Com a saída de Gaspar da presidência do CRIS, o prefeito de Rinópolis, Valetim Trevisan (PSDB) que era vice, assumiu a presidência. A nova eleição deve acontecer em janeiro de 2014. Cada presidente tem mandato de um (1) ano. Existiria ainda a eventual pretensão de mexer no estatuto do CRIS para, por exemplo, ampliar o mandato do presidente.
OS FUNCIONÁRIOS
Para Manoel Gaspar retirar a cidade do Consórcio Regional Intermunicipal de Saúde, haverá necessidade de pedir autorização à Câmara e mediante justificativa, assim como o fez para integrar o CRIS. Hoje o Consórcio administra cerca de 200 funcionários da área da saúde em Tupã.
O CRIS gerencia funcionários dos PSFs, UPA – Unidade de Pronto Atendimento e do DST/AIDS e da Farmácia Popular. Os contratos de trabalho dos funcionários desses órgãos são feitos através do Consórcio. Essa foi à forma encontrada para gerenciar os concursos e processos seletivos para contratação de funcionários para atuarem nessas áreas.
Tupã, Herculândia, Bastos, Iacri, Queiroz e Rinópolis bancam proporcionalmente de acordo com o número de habitantes e de serviços prestados os custos mensais realizados pelo CRIS, seja na questão funcional, de estrutura e de exames. Tupã por exemplo, arca mensalmente com cerca de R$ 1 milhão. Com esse recurso é possível pagar R$ 450 mil da estrutura dos PSFs; R$ 360 mil com o UPA e cerca de R$ 180 mil com consultas e exames.