Folclore: Ribeirão realiza últimas reuniões tentando reverter “jogo” na prorrogação e Telma pode passar segunda vergonha após voltar de “bote” para barco à deriva. Aoqui vê possibilidade de renúncia nesta quarta-feira (17) após eleição da Câmara.
Lógica: a vereadora Telma Tulim (PSDB) ascendeu duas velas -, uma em cada canto da “embarcação”. Em meio a águas políticas turbulentas a parlamentar, famosa pelo oportunismo fez apelos partidários e negociou em nome do criador e do criado que num passado recente também havia se rebelado contra Manoel Gaspar (PMDB). Numa única encruzilhada tentou despachar uma luz no fim do “túnel” de Waldemir Gonçalves Lopes (PSDB) e outra para clarear o caminho do “calvário” político da atual Administração de Tupã.
O desfecho final aconteceu na noite desta segunda-feira (15), durante a última sessão ordinária do Legislativo tupãense. Os “rebelados” Caio Aoqui (PSDB), líder do Governo na Câmara, Augusto Fresneda Torres, “Ninha” e agora também possivelmente seguidos pela colega de partido Telma Tulim e, ainda, Valter Moreno Panhossi (DEM), José Maria de Oliveira, “Zé Maria” (PROS), Valdir de Oliveira Mendes, “Valdir Bagaço” (PSD) e Pedro Francisco Garcia, “Tupãzinho” (PSB) engrossaram o “caldo” da oposição e ratificaram o voto para eleger a nova Mesa Diretora da Câmara. A “renovação” mais anunciada pode significar uma vitória da oposição que poderá ter como segundo secretário, Luis Alves de Souza (PC do B). Manoel Gaspar não o queria vê-lo na direção da Câmara, mas perdeu após “vencer” o primeiro tempo do jogo. Além do comunista, os opositores Amauri Sérgio Mortagua (PDT) e José Ricardo Raymundo, “Ricardo Lajes Tamoyo” (PV), fecharam acordo para eleger Valter Moreno (presidente) e Ninha Fresneda (1º secretário). A oposição ficaria com Luis Alves como 2º secretário. Apesar da intenção dos vereadores em antecipar o voto para colocar fim as supostas pressões vindas do Executivo, a eleição da Mesa Diretora deverá ser realizada nesta terça-feira (16), a partir das 20 horas, conforme determina o Regimento Interno da Câmara.
FOLCLORE
E na última sessão ordinária antes do recesso, o presidente Antônio Alves de Sousa, Ribeirão (PP) quebrou a rotina e se inscreveu como o primeiro vereador a fazer uso da tribuna. O objetivo foi minimizar o impacto da derrota do Executivo. Segundo ele, não houve nenhuma guerra política e tudo o que disserem sobre a eleição da Mesa Diretora é folclore. A folclórica frase do parlamentar serviu como prato de entrada do cardápio.
Como um garçom, Ribeirão entregou a bandeja ao vereador Valter Moreno que se serviu e, teve como sobremesa a antecipação dos votos dos “rebeldes”. Zé Maria, Tupãzinho, Ricardo Raymundo, Luis Alves, Valdir Bagaço, Ninha Fresneda e Caio Aoqui, ratificaram voto em Valter Moreno. Objetivo da tática foi diminuir a forte pressão do Executivo. Entre os possíveis votos que Valter Moreno ainda deverá receber estão o dele mesmo, o de Amauri Mortagua (ausente na sessão) e o de Telma Tulim, que até domingo negociava para o PSDB sair vitorioso nesta eleição.E não foi folclore a derrota imposta ao Executivo pela nova liderança na Câmara. O projeto
que visava aumentar em 100% o valor do imposto para a publicidade feita através de panfleto foi rejeitada com votos sob a liderança de Valter Moreno Panhossi.
TELMA CAPITÃ
Como capitã escolhida pelo prefeito Manoel Gaspar para tentar reverter o jogo, a vereadora Telma Tulim, jamais poderia abandonar a embarcação à deriva. O capitão que abandona a tripulação é considerado um condenado e traidor. Mas Telma salta do barco sempre que pode, porém, dessa vez ela resolveu voltar atrás e adiou a vergonha. Ela poderia ter escolhido entre passar uma vergonha hoje (15) ao invés de passar duas nesta terça-feira (16). Como compromisso não é o forte dela, ainda tenta no apagar das luzes levar o jogo até a prorrogação.
Assim, Telma e o que sobrou dos tripulantes, Ribeirão, Rudynei Monteiro (SDD), Josias Gomes do Nascimento, “Mangolo” (DEM), Reginaldo Lima Rodrigues, “Kaveira” (PP) e Luis Carlos Sanches (PTB) realizaram reunião após a última sessão ordinária numa tentativa de encobrir o blefe dos últimos dias: virar realidade o sonho de consumo de Telma Tulim. Na “Mesa Tática” do prefeito Manoel Gaspar, na pior das hipóteses o PSDB de Waldemir Gonçalves Lopes seria o protagonista. Para isso, teria que convencer Caio Aoqui ou Ninha Fresneda ser candidato à presidência com o voto de todos os integrantes do partido e dos cinco tripulantes abandonados pela capitã. Mas, para essa tese há contra-ataque da oposição.
RENÚNCIA
Enquanto tudo isso acontece nos bastidores políticos e folclóricos de Tupã, o vereador Caio Aoqui, já vê a possibilidade certa de renunciar nesta quarta-feira (17) à liderança do prefeito na Câmara, logo após a eleição da Mesa Diretora. Se a parlamentar Telma Tulim manter os dois pés no “barco” mesmo afundando ela poderá ser consolada com a liderança e manter o inócuo Departamento que comanda junto à Secretaria da Promoção Social que segundo uma assistente social é usado apenas para promoção pessoal. Para quem não tem vergonha de passar vergonha, uma vergonha a mais não vai deixar ninguém mais ou menos envergonhado (a).
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