Foto: PF/Divulgação
No despacho de indiciamento do prefeito Caio Aoqui, o delegado apontou para novas diligências – ouça texto
O delegado da Polícia Federal (PF) em Marília, José Navas Junior, que indiciou o prefeito Caio Aoqui (PSD), e os vereadores Lucas Hatano (PSD) e Charles dos Passos (PL) finalizou seu despacho apontando para novas diligências sobre o “Caso Natália” – Natalia Ferreira Alves (NAF).
“Grave ainda ação a ser aferida é a retração de Natália em seguir com a denúncia afeita, ante sua recontratação junto à prefeitura Municipal de Tupã-SP, o que levará a apuração acerca de eventual “compra de seu silêncio” com dinheiro público, que será tema de desdobramento deste apuratório”, pontuou o delegado.
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A revelação de que Natália foi funcionária pública foi divulgada pelo blog, em 6 de fevereiro de 2022. Por pelo menos seis meses, Natalia ocupou o cargo em comissão de diretora de gabinete do secretário de Cultura.
À época, a pasta era comandada pelo então secretário de Relações Institucionais, Turismo e Cultura, Douglas Guilhermon “Duda” Gimenez.
O cargo pode ter sido uma forma de mantê-la em silêncio e não fazer a denúncia sobre as irregularidades, as quais ela praticava, por determinação superior do próprio prefeito Caio Aoqui, segundo a denunciante.
OUTROS
Ao encerrar o inquérito com 464 páginas, no dia 25 de setembro, a PF indiciou também a própria Natália e outras 15 pessoas que foram contempladas com recursos da Lei Aldir Blanc: Maria Elisa Biagi Tassi, Mauro Cesar de Oliveira Alves, Reginaldo Pereira Duarte, Jhenyfer Mayara Silva dos Santos, Viviane Ribeiro de Medeiros, Daniele Tanaka Reinol Pereira, Karina Guimarães de Carvalho, Lucas Yoshinaga da Silva, Andre Black, Felipe Moraes de Barbosa, Douglas Luis de Souza, vereador Geoz, Maria Rita Castilho Cruz, Wagner Luques de Oliveira e o ex-servidor público Helrys Tiago Balko.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) que ao recebê-lo poderá fazer a denúncia para tornar os acusados réus, pedir novas diligências à PF ou declarar pela improcedência do feito.
O delegado José Navas Junior que presidiu o inquérito sobre a denúncia de Natália, criticou a demora em finalizar as investigações pelo desrespeito dos acusados em não atender as intimações da PF. Eles foram interrogados através de carta precatória enviada à Polícia Civil que auxiliou na coleta de depoimentos. Observou também, que as declarações “foram combinadas”.
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