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EXCLUSIVO: NATALIA foi funcionária de confiança do prefeito Caio Aoqui

Isso explica o uso de senhas funcionais e a demora para cobrar o calote. Às vésperas das Eleições de 2020, Natalia foi nomeada diretora de gabinete da Cultura. 

Foto: Reprodução/Facebook/Prefeitura de Tupã

O prefeito Caio Aoqui (PSD) e os secretários municipais continuam em silêncio profundo sobre o “Caso Natalia”, mas nos bastidores, a preocupação pode se tornar grande.

O novo episódio sobre a saga revela o quanto o “núcleo duro” no entorno do gabinete do prefeito pode ter sido violado a partir da declaração de que Natalia Alves Ferreira era portadora de senhas funcionais do Executivo.

A revelação de que ela acessava órgãos do governo do Estado e da União, através de fórmula secreta do próprio chefe do Executivo e de uma funcionária da Secretaria de Planejamento e Obras, a engenheira civil Brenda Larissa Alves, é um indicio de relacionamento de cumplicidade.

Essa estreita relação é ratificada através da portaria de nº 17.681, de 12 de agosto de 2020, quando prefeito Caio Aoqui nomeou para cargo de confiança a prestadora de serviços Natalia Alves Ferreira – NAF Projetos Esportivos.

PORTARIA Nº 17.681 (Nomeia Natalia Alves Ferreira – Diretor de Gabinete de Cultura – 12.08.2020)

Por pelo menos seis meses, Natalia ocupou o cargo em comissão de diretora de gabinete do secretário de Cultura. À época, a pasta era comandada pelo então secretário de Relações Institucionais, Turismo e Cultura, Douglas Guilhermon “Duda” Gimenez.

O cargo pode ter sido uma “troca de favores” como forma de compensar os atrasos nos pagamentos pelos serviços prestados pela NAF. Só isso justificaria uma autônoma ficar mais de 1 ano sem receber e continuar trabalhando para municipalidade.

O DANO

A juíza da 2ª Vara Civil, Christiene Avelar Barros Cobra Lopes, que analisa a ação de cobrança de calote contra os secretários, questionou o fato de a reclamante ter contribuído para um dano se consumar.

O advogado de Natalia, Thiago Augusto Rosin pretendia obter uma liminar para bloquear as contas dos secretários municipais para garantir o pagamento a sua cliente, mas diante dos fatos, a juíza indeferiu a solicitação.

– Temerária a concessão da antecipação dos efeitos da tutela, no sentido de se determinar bloqueios em contas da requerida ou inalienabilidade e intransferibilidade de bens, mesmo porque os atrasos nos pagamentos conforme narrado pela autora começaram a se dar a partir de abril de 2020, observou a magistrada.

Quatro meses depois, em agosto de 2020, às vésperas das Eleições, Natalia foi nomeada pelo prefeito Caio Aoqui para comandar da Secretaria de Cultura, os projetos de captação de recursos.

USO DE SENHAS

Agora é preciso saber, se o uso de senhas funcionais do prefeito e da engenheira civil foi neste período de agosto de 2020 a 15 de fevereiro de 2021, quando Natalia esteve lotada na Cultura como diretora de gabinete.

As senhas foram repassadas à NAF através do próprio gabinete do prefeito e da funcionária da Secretaria de Planejamento. Leia mais: A DONA DAS SENHAS: Caio Aoqui (x4Y5xxxx)

A suspeita de eventual uso de senhas está na elaboração de projetos para distribuir recursos da Lei Aldir Blanc.

O caso está nas mãos da Polícia Federal de Marília, cujo protocolo da denúncia foi registrado em 26 de janeiro, conforme divulgado pelo blog.

A denúncia se refere a suspeita de fraude com recursos federais.

O mesmo processo também foi protocolado no Ministério Público Eleitoral, por conta da suspeita de movimentação indevida desrespeitando o decreto do governo federal de nº 10.464/2020, em pleno ano eleitoral.

O alerta foi feito em 23 de abril, através de Marco Borges, do Ministério do Turismo (MTUR), em e-mail enviado ao prefeito e a engenheira civil, Brenda Alves, mas recebido por Natalia Ferreira.

Em 3 de maio de 2021, Natalia informou o conteúdo do e-mail a “Duda” Gimenez, quando também lhe comunicou de que iria tomar outras providências para tentar receber o que lhe deviam.

A declaração consta da página 82 da ação de cobrança cumulada com danos morais, no valor de R$ 89.825,00 e R$ 36.313,20, respectivamente, pela prestação de serviços como gestora e analista de projetos esportivos.

Os réus no processo são: os secretários “Duda” Gimenez (Gabinete e Turismo), Everton Nakashima (Administração) e Marco Antônio Pinheiro, o “Marquinhos” (Comunicação). Este último o intermediário de sua “contratação” para ser prestadora de serviços em Tupã.

Leia também: “CASO NATALIA” CHEGA À POLÍCIA FEDERAL DE MARÍLIA

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