Wagner Carvalho
Direto de Bauru
A Polícia Civil de Bauru, distante 352 km de São Paulo, encontrou por volta das 23h30 desta quarta-feira o corpo enterrado e carbonizado da menina Vitória Fernandes de Lima, 6 anos, desaparecida desde à tarde da última segunda-feira.
O marceneiro Renato Cury Dias Martins, 36 anos, é o principal suspeito do crime. Ele foi preso na tarde desta quarta-feira, num sítio, escondido no bairro rural de Guaianás, quando os policiais chegaram ele estava no meio do mato submerso no barro.
Testemunhas relataram ter visto a menina entrar no carro dele, encontrado abandonado na manhã desta terça-feira próximo do local onde agora o corpo foi encontrado. No início da tarde, Martins foi levado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), mas negava qualquer ligação com o sumiço da garota.
Ele comentou com os policiais que faz parte de uma seita religiosa. Depois de mais de quatro horas, de interrogatório, o suspeito teve sua prisão preventiva decretada, por volta das 21h, e resolveu confessar para o delegado Kleber Granja o envolvimento no caso.
Ele contou que levou a menina na tarde da segunda-feira, abusou sexualmente dela e a matou, logo depois ateou fogo no corpo e enterrou numa área de mata fechada localizada ao lado do Jardim Manchester área urbana de Bauru. O acusado levou os policiais até o local onde enterrou o corpo e ajudou a localizar.
Martins está sendo ouvido novamente nesta madrugada para explicar os motivos do crime. O delegado vai querer saber se a informação de que ele participa de uma seita religiosa teve algo a ver com o crime ou se a motivação foi vingança pelo fim do namoro com a mãe da vítima.
Ligação com a família
O sumiço da garota gerou uma mobilização grande na cidade, as redes sociais foram utilizadas pelos bauruenses para buscar qualquer informação que levasse ao paradeiro de Vitória. O caso ganhou repercussão quando a pai da garota, Edilson Fernandes de Lima, 43 anos, procurou a polícia na manhã da terça-feira para comunicar que a filha estava sumida há quase 20 horas. Martins principal suspeito do crime namorou a Gieslene, mãe da garota, por cerca de um mês, mas de acordo com o depoimento dela, não tinha nenhum contato com o acusado há mais de um ano.
Fonte: Terra