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A Corte e o corte: é preciso repensar o concurso de Momo

O Carnaval como Turismo em Tupã-SP.

Queiram ou não os críticos, o Carnaval de Tupã-SP, conseguiu nos últimos tempos ofuscar os já tradicionais eventos similares de cidades da região como: Panorama, Lucélia e outras que fazem o evento em seus balneários municipais.

O Carnaval em cidades de pequeno e médio porte foi se transformando ao longo dos anos. Em tempos áureos o desfile de rua era apoteose. Tupã tinha um dos melhores do interior do Estado. Depois do Carnaval de rua, os Clubes: Tênis, Marajoara, Kaikan e o popular na Sasmit, lotavam embalados pelas marchinhas e samba-enredo.

Escolas de Samba, blocos tradicionais, alegorias luxuosas e mulatas até do Sargentelli, desfilavam na Avenida Tamoios. Um lance de arquibancadas e as laterais da via ficavam lotadas com um público que torcia e vibrava ao som da bateria e das atrações de cada agremiação. Tudo isso passou.

Nem cidades de grande porte como Marília, Presidente Prudente, Assis e Bauru, conseguem manter esse formato. Aliás, nos anos 80, Tupã exportava alegorias para toda essa região. Carnaval dessa forma hoje é espetáculo para turistas endinheirados. Grandes patrocinadores mantém uma indústria que gera emprego e renda o ano todo.

Num formato diferente vem o frevo (dança típica) no Pernambuco e o Carnaval da Bahia. Na Bahia, aquela multidão que vai ao lado do trio elétrico, paga caro para não ficar parado. Parece popular, mas uma corda separa quem pode e quem não tem condição financeira para participar na mesma proporção com as tradicionais abadas.

É parecido a esse ritmo que Tupã espelhou-se para proporcionar aos foliões o Carnaval que hoje vivenciamos. Como Estância Turística, com recursos oriundos de órgãos correlacionados o evento iniciado na administração Manoel Gaspar, com uso de um trio elétrico puxado por artistas locais, arrastava uma multidão.

O ex-prefeito Jesus Guimarães até que teve idéia semelhante, mas sem atingir a mesma proporção. Um palco montado na Tamoios com Potiguaras recebia uma banda com a apresentação de mulatas e o público, tímido, só assistia.

Na administração Waldemir Gonçalves Lopes os recursos do turismo fizeram a diferença. Um circuito foi instalado na Tamoios, no trecho entre a Bororós e a Nhambiquaras. Com ampla segurança, praça de alimentação e espaços para concentração dos blocos, o Tupã Folia deu certo e atraiu a atenção da região.

Se ainda não atingiu seu ponto máximo, no mínimo, o evento faz manter na cidade parte da juventude que viajava para a região e, mais que isso, tem trazido para Tupã um grande público que a tem como referência de um Carnaval organizado e com característica “familiar”.

A “nova” administração do município que na época da campanha eleitoral chegou ser apontada como quem iria acabar com a Festa de Momo, prova que na verdade, apesar do pouco tempo para organizá-lo não só vai mantê-lo como pretende melhorar ainda mais. Algumas experiências serão “implementadas” e poderão dar resultado ou não, mas é preciso fazê-las.

A CORTE E O CORTE

Uma experiência implantada nesta edição e que já ficou provado que não dá certo e fracionar, cortar em três partes um único evento. A eleição da Corte do Carnaval precisa ser uma só. Dessa forma se despendem menos esforços, menos gastos e potencializa o espetáculo que serve como carro-chefe do Tupã Folia 2013.

Além do que, é mais simples a divulgação e o público se junta para assistir a largada do Carnaval. Deve ser realizado em praça pública, onde todos podem participar. A Corte do Carnaval não representa uma entidade, mas uma cidade.

Como sugestão, seria interessante para os próximos anos fazer um concurso regionalizado como forma de atrair a atenção para Tupã. Um prêmio maior para os candidatos a Rei e Rainha do Carnaval e um concurso com direito a trazer torcida de outras cidades. Assim evitaria essa tendência que verificamos todos os anos: os mesmos candidatos (as) participando e sendo eleitos (as).

Depois do concurso para a escolha da Corte, um evento Pré-Folia no Circuito ou no próprio local onde acontecesse a eleição do Rei e da Rainha, como a abertura oficial da Festa de Momo, seria um ingrediente a mais para atrair turistas, divulgar e firmar o Carnaval Tupã Folia como uma das atrações nesta época do ano.

Em tempo, a Comissão Organizadora teria “apenas” uma preocupação e, grandiosa – promover de forma regional um concurso para Rei e Rainha para o Carnaval. É pensar globalizado e deixar de lado o bairrismo e tradições menores para manter a vitrine de melhor Carnaval da região e justificar ainda mais o título de Estância Turística.

O Carnaval é uma explosão de alegria. Durante cinco dias, o País transforma-se num espetáculo de luzes, sons, ritmos e cores, apresentando a maior manifestação popular do planeta.

Os trios elétricos na Bahia, o desfile das escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo, o frevo (dança típica) em Pernambuco e a alegria contagiante da festa manifestam-se nas ruas, nos clubes, nos hotéis, nas praias e nos rostos, do Norte ao Sul do País. O Carnaval é o registro único da mistura que forma a cultura brasileira.

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