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ALERTA: Linha de transmissão de energia elétrica e os riscos

A proximidade com o perímetro urbano faz leitor observar riscos de acidentes e à saúde pública. A linha de transmissão que passará por Tupã vem de Getulina. É um assunto tão importante quanto a instalação de pedágios na SP-294 e que mobilizou a Câmara Municipal.

O posteamento passa próximo da SP-294
O posteamento passa próximo da SP-294…

 De: Maurício do Nascimento Oliveira <m.nasc.oliv@gmail.com>

Assunto: Formulário de Contato – Blog Jota Neves

Tupã vai receber uma nova linha de transmissão de energia elétrica vinda de Getulina (SP), a partir de uma subestação da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP).

Esta linha de transmissão será de 138.000 volts, o suficiente para que qualquer ser vivo que encoste nos fios vire pó, literalmente.

Nas proximidades de Tupã a linha ficará ao lado da rodovia SP 294, Comandante João Ribeiro de Barros, em área rural, porém habitada, onde há muitas empresas e até residências em chácaras e sítios, e também muito próximo da cidade, onde há bairros densamente povoados.

Do outro lado rodovia, a cerca de 50 metros da futura linha de transmissão está a cidade, com milhares de casas e moradores ao longo da rodovia, e por consequência, da futura linha de transmissão.

Apesar de raro, um acidente com essas torres colocará em risco a vida de muitas pessoas. Por estarem muito próximas da rodovia, as torres correm o risco de serem atingidas por um caminhão desgovernado, o que fatalmente as derrubará.

É comum encontrar carretas com mais de 50 toneladas de peso bruto total circulando nas rodovias da região. Uma carreta carregada com cana de açúcar pode chegar a 80 toneladas.

Mesmo que não ocorram acidentes, as pessoas que moram ou trabalham em locais situados embaixo ou próximo das torres poderão ter a saúde seriamente afetada.

Há diversos indícios, muito fortes, de que o campo eletromagnético gerado pela alta tensão das linhas de transmissão causam alterações no DNA, provocando diversas doenças. Já os indícios que mostram que essas linhas de transmissão são inofensivas são poucos.

em áreas habitadas
…em áreas habitadas

Segundo uma notícia publicada em 2013 no site G1, Sérgio Koifman, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e representante do Ministério da Saúde, já falecido, afirmou que uma pesquisa revelou ligação entre a exposição a campos eletromagnéticos e a morte de crianças por leucemia em municípios de São Paulo.

A notícia completa está aqui: Entidades divergem no STF sobre perigos em linhas de alta tensão

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/03/entidades-divergem-no-stf-sobre-perigos-em-linhas-de-alta-tensao.html

O depoimento completo de Sérgio Koifman está neste link, a partir da página 24:

http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/audienciasPublicas/anexo/TrancricaoCampoEletromagnetico.pdf

A notícia do G1 também diz que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Eletropaulo, obviamente, rejeitaram as acusações.

O culpado dificilmente admite sua culpa.

É fato que até a década de 1950 a indústria de cigarros negava de forma veemente que eles faziam mal à saúde, apesar das fortes evidências que já existiam na época, e que posteriormente foram comprovadas de forma científica. As entidades governamentais de saúde se calaram na época.

Outros textos sobre a energia elétrica como causadora de doenças:

-Eletricidade sob suspeita

https://super.abril.com.br/saude/eletricidade-sob-suspeita/

-Linhas de transmissão podem causar danos à saúde de moradores próximos

https://bv.fapesp.br/namidia/noticia/22861/linhas-transmissao-podem-causar-danos/

-Parecer da Comissão de Saúde e Ambiente de Trabalho da Faculdade de Agronomia da Universidade Fedreal do Rio Grande do Sul sobre instalação de torres e linhas de alta tensão no ambiente da Faculdade de Agronomia

https://hospedagemphp.ufrgs.br/agronomia/joomla/files/COSAT/Parecer_COSAT_Instalao_de_torres_de_alta_tenso_no_ambiente_da_FAGRO.pdf

-Estudo associa linhas de alta tensão a risco de desenvolver Alzheimer

https://www.publico.pt/2008/11/07/ciencia/noticia/estudo-associa-linhas-de-alta-tensao-a-risco-de-desenvolver-alzheimer-1349226

-Is living near power lines bad for our health?

https://www.bcmj.org/bccdc/living-near-power-lines-bad-our-health

Um trecho deste artigo: “um estudo mais recente mostrou um risco elevado de leucemia entre crianças que vivem em residências com distâncias muito superiores a 60 metros das linhas de alta tensão. Este estudo envolveu cerca de 30.000 casos controlados de crianças vivendo no Reino Unido. Descobriu-se que as crianças que moravam em casas a até 600 metros das linhas de transmissão tinham um risco elevado de leucemia. Um aumento do risco de 69% para a leucemia foi encontrado para crianças que vivem dentro de 200 metros de linhas de energia, enquanto um aumento do risco de 23% foi encontrado para crianças que vivem dentro de 200 a 600 metros das linhas. Este estudo chamou a atenção porque encontrou uma elevação do risco em distâncias muito maiores do que os estudos anteriores”.

Apesar de (ainda) não existirem provas definitivas que liguem o campo eletromagnético gerado por altas tensões a doenças no ser humano, em especial o câncer, não podemos esquecer que esse tipo de prova é difícil de obter, pois não é algo que acontece em poucos dias ou semanas, mas sim em anos, muitas vezes em décadas, e não é do interesse das empresas, e até dos governos, que isso venha à tona, devido ao risco de indenizações e exigências de mudanças dos locais de várias linhas de transmissão espalhadas no Brasil e no mundo caso isso seja comprovado de forma definitiva.

Não há provas definitivas para culpar, mas também não há provas definitivas que mostrem que as torres de transmissão de energia são seguras.

Se há indícios e também controvérsias na relação entre torres de transmissão de energia e doenças, seguir o princípio da precaução é de fundamental importância neste caso, e a jurisprudência afirma que o Estado deve adotar medidas para proteger a vida e a saúde humanas quando houver probabilidade de que o dano se concretize a partir de qualquer atividade.

No caso em questão, há duas probabilidades: acidentes e danos à saúde a longo prazo.

O custo para alterar o caminho da linha de transmissão é infinitamente inferior ao valor das vidas humanas que serão afetadas, pois é impossível medir o valor de uma vida. Se a linha de transmissão já estivesse pronta, custaria muito mais caro, e a batalha seria mais árdua, mas o que temos até o momento são apenas torres no chão, esperando para serem levantadas.

Há um desequilíbrio nessa disputa, afinal de um lado está o poder econômico, representado pela empresa Energisa Sul-Sudeste, que fornece energia elétrica para Tupã e região, e do outro está a população, que em sua maioria não tem noção do risco que corre, nem foi consultada sobre a passagem dessa linha de transmissão nas proximidades das suas residências ou locais de serviço. E nem foi informada dos possíveis riscos.

Para evitar danos para a população, a linha de transmissão deveria passar a pelo menos 1 km da rodovia, em local desabitado, observando também outros pontos onde há moradores, afinal a linha Getulina-Tupã terá 82 km de extensão.

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