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Força tarefa vai investigar envolvimento de policiais com facção criminosa

Policiais e promotores serão destacados para apurar denúncias de envolvimento de PMs com a facção e ameaças de infiltrar membros em manifestações.

penitenciáriaO governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou hoje (14) a criação de um grupo especial para investigar denúncias sobre ações de integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), feitas com base em escutas de ligações de celulares entre líderes presos e integrantes nas ruas. “Queria trazer uma tranquilidade para a população, dizendo do esforço que está sendo feito pela polícia e que todas as medidas estão sendo tomadas”, disse Alckmin

Entre as denúncias que vieram a público desde a semana passada estão a ameaça de morte da facção ao governador e secretários, o envolvimento de policiais militares (PMs) com os bandidos e a ameaça de infiltração de membros do PCC em manifestações para matar PMs. A infiltração em manifestações seria uma represália da facção à medida do governo de isolar os principais líderes do bando no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Em entrevista coletiva, Alckmin disse que uma “força-tarefa” formada por policiais civis e militares, além de promotores irão atuar “24 horas por dia” no Cisp (Centro Integrado de Inteligência em Segurança Pública) para rastrear as ligações telefônicas de presos e denúncias de envolvimento de policiais com a facção.

O governador disse ainda que está acelerando o processo licitatório para instalações de bloqueadores de celular nos presídios. “Já está aberto o pregão para bloqueadores de celular em 23 penitenciárias. Esperamos concluir o processo licitatório agora em novembro e em dezembro começar as instalações”, disse.

Participaram do encontro, que durou cerca de 40 minutos, os secretários de Segurança Pública, Fernando Grella, de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, de Planejamento, Júlio Semeghini, e da Casa Civil, Édson Aparecido, além do superintendente da Polícia Civil, Maurício Blasek, e do comandante geral da Polícia Militar, Coronel Meira.

Investigação

Depois de três anos e meio de investigação, o Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo concluiu o maior mapeamento da história do crime organizado no País, com um raio X do Primeiro Comando da Capital (PCC). Por fim, denunciou 175 acusados e pediu à Justiça a internação de 32 no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) – entre eles, toda a cúpula, hoje presa em Presidente Venceslau.

Na última sexta-feira, Alckmin comentou as interceptações telefônicas que mostram que o Primeiro Comando da Capital (PCC) havia decretado sua morte. “Os bandidos dizem que as coisas ficaram mais difíceis para eles, pois eu quero dizer que vai ficar muito mais difícil”, afirmou, ao participar de agenda pública em Mirassol, no interior do Estado.

Segundo o governador, ele continuará a lutar contra a criminalidade. “Nós não vamos nos intimidar. É nosso dever zelar pelo interesse público.” Alckmin disse ainda que vai trabalhar para “fortalecer ainda mais o regime disciplinar diferenciado”. “Nós temos as mais fortes penitenciárias do País aqui no Estado. Os índices de criminalidade estão em queda, fruto exatamente desse trabalho, que vai ser fortalecido para proteger a população”, completou.

*Com AE

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