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Papai Noel comunista? O simbolo natalino surgiu na Alemanha.

iStock-Getty-Images

Pelo o andar do trenó, aqui no Brasil, o bom velhinho vai ter dificuldades para se vestir. Uma alternativa, Papai Noel de verde e amarelo, torcedor do Brasil, na Copa do Catar.

Foto: Ilustrativa/Reprodução

Quando um grupo REBELADO corre atrás de um ponto vermelho perdido na multidão, em meio as comemorações da Padroeira do Brasil, ou que ofende um cardeal, que por tradição da Igreja Católica se veste de vermelho, que significa a cor do “sangue derramado por Cristo”, o que esperar contra um Papai Noel vestido de vermelho ao lado de criancinhas, durante as festas de fim de ano? Espero que ninguém atire pedras.

Coincidentemente, esse ícone cultural, é uma das figuras mais emblemáticas do Natal e que povoa o imaginário de crianças no mundo inteiro,  teve seu personagem inspirado em São Nicolau, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV.

Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas.

Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.

São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho. Vermelho? “Meu Papai Noel, nunca será vermelho!”, imagino os fanáticos gritando para o desespero das crianças. “Papai Noel Comunista!”.

Ele nunca foi um simbolo comunista por se vestir de vermelho, muito menos nazista.

PAPAI NOEL VERDE E AMARELO

Foto: Reprodução / EPTV

Uma boa sugestão, talvez seja criar uma versão abrasileirada e vestir o Papai Noel de verde e amarelo, para impedir investidas inesperadas de quem desconhece o enredo da história.

A propósito, a ideia já foi colocada em pratica em 2000, por um grupo de voluntários de Itapira (SP), mas sem nenhuma relação com esse ufanismo que lembra o movimento criado durante a ditadura militar do Brasil (1964/1985).

Em 2012, o G1 até fez cobertura sobre o grupo de Papais Noéis “mascarados e anônimos”, cujo projeto reúne empresários e profissionais liberais – vestidos de verde e amarelo – distribuíam brinquedos às crianças.

Papai Noel nas cores da bandeira pode ser inteligente e publicitário, considerando que a data de sua aparição vai coincidir com o período da Copa do Mundo do Catar. Que o bom velhinho e torcedor da seleção brasileira traga a taça do hexa.

E por falar de futebol, imagina você se todas as bandeiras de clubes no Brasil fossem apenas nas cores verde e amarelo?

Para ilustrar: Flamengo, Internacional, Athletico-PR, Fluminense, Náutico, Sport e Vitória, suas bandeiras e distintivos são predominantemente na cor vermelha.

Bandeiras de times de futebol e de partidos políticos têm as cores que seus fundadores escolheram. A do PT, é vermelha, a do PSDB, tem o azul e o amarelo do bico do tucano. A do PL, tem as cores vermelha e azul. Já teve até uma estrela.

SIMBOLO APARTIDÁRIO

Já a bandeira do Brasil é um símbolo apartidário. A bandeira de um país representa simbolicamente a soberania da nação, refletindo as suas respectivas origens, valores, história e outras características.

A soberania de um país, em linhas gerais, diz respeito à defesa dos interesses nacionais. Não apenas de um grupo, ainda que seja pelo ideário de um movimento, doutrina ou partido.

Os demais brasileiros não podem ser destituídos de sua própria pátria, sem direito à liberdade, sinônimo de democracia. Pátria que recebeu muitos imigrantes, inclusive, europeus – alemães, a partir da década de 1870.

Não existe patriotismo sem cidadania. Muito desse “patriotismo” que se propaga nos últimos anos, é “importado” do Velho Continente, herdado da figura dos mais iguais, ou uma “supremacia” composta por minorias.

CORRUPÇÃO

Manifestação em Tupã, com justas e legais reivindicações municipais

Me recordo que durante os protestos de 2013, contra a corrupção, iniciada a partir de estudantes que cobravam passe livre nos ônibus de transporte coletivo, a cor predominante dos manifestantes também era o verde e amarelo.

Lá estavam todos os brasileiros, que comungavam dos mesmos ideais e objetivos legais e leais à Pátria.

Uma nação inteira saiu às ruas em protesto e o grito ecoou pelos quatro cantos do país, porém, com os passar dos anos foi surgindo um discurso dominante e predominantemente “artificial”.

Manifestação com cara do povo brasileiro

Essa “nova nação”, foi se “apropriando” das cores e do “manto sagrado” da Pátria Amada. Nos últimos anos, a retórica passou a ser odiosa e de intimidação, e foi dividindo “os nós contra eles e vice e versa”. Se não está com eles, é comunista. “A nossa bandeira, jamais será vermelha”.

A nossa bandeira nunca foi vermelha!

Desde tenra idade aprendemos no primário que a bandeira nacional é verde, amarelo, azul e branco.

Composta por um retângulo verde, um losango amarelo, um círculo azul, 27 estrelas brancas e uma faixa branca com a inscrição “Ordem e Progresso”, com as letras em verdes.

A ordem e o progresso estão representados no respeito às florestas, as riquezas naturais, o anil do céu azul e a paz no coração de um povo heróico brado retumbante.

Viva a democracia brasileira!

Viva a mitologia que encanta a inocência da criança rica ou carente, que acredita no Papai Noel vestido de vermelho ou de verde e amarelo, como o bom e simpático velhinho de barbas longas.

Viva as cores das bandeiras de clubes de futebol e de partidos políticos, e viva a bandeira do Brasil pertencente ao miscigenado povo brasileiro!

Viva a mitologia que conta a história de personagens sobrenaturais, cercados de simbologia e venerados sob a forma de deuses, e heróis, que regiam as forças da natureza.

Viva, sobretudo, a verdade e o sentimento de humanidade – benevolência, bondade e compaixão de todo o povo brasileiro.

Leia também: Os centavos do protesto contra os R$ 85 bilhões roubados todos os anos dos cofres públicos

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