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Suspeito da morte de bancária agia com personalidade psicopática

O acusado apontou arma para a cabeça de um colega de trabalho. Depois disso, nunca mais houve comprometimento do suspeito com sua profissão.

Débora 3

O crime contra a vida da bancária Débora Goulart Subires, 33 anos, ocorrido provavelmente na noite de segunda-feira (21), e descoberto na manhã seguinte, reascendeu uma discussão interminável nas redes sociais: a personalidade de seu assassino.

Nem todo psicopata é violento, mas há traços em comum, entre o violento e o estelionatário – ambos podem ser encantadores à primeira vista. “Essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente”, conforme artigo publicado no portal http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/o_que_e_um_psicopata_.html.

Independentemente do grau de periculosidade das pessoas que sofrem de personalidade psicopática, elas “costumam ser egocêntricas, desonestas e indignas de confiança. Com frequência adotam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, exceto pelo fato de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromissos. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos”, textualizam Scott O. Lilienfeld e Hal Arkowitz, no mesmo artigo datado de janeiro de 2008.

REVÓLVER NA CABEÇA

DR. LECTER, psicopata vivido no cinema por Anthony Hopkins
DR. LECTER, psicopata vivido no cinema por Anthony Hopkins

Exatamente desta forma era classificado por aqueles que conheceram Ailton Basílio, companheiro de Débora. Irresponsável, descompromissado, egocêntrico e que usava de atos repentinos de violência, sempre que contrariado. Incapaz de ter sentimento por pessoas que acreditavam nele, como a própria vítima.

Segundo relatos, há muito tempo o suspeito não trabalhava como vigia bancário. Possivelmente deste a demissão após uma suposta grave ameaça contra a vida de um companheiro de trabalho. Ele sacou o revólver e apontou para a cabeça do colega de profissão. Os motivos são desconhecidos. Débora não teria revelado.

A reportagem não conseguiu apurar em que agência o fato ocorreu. Débora foi sepultada nesta quarta-feira (23) na pequena Luiziânia, com pouco mais de 5 mil habitantes, localizada na microrregião de Birigui. Segundo amigos da vítima, ambos se conheceram naquela região. De lá, Débora seguiu sua carreira e, em Tupã teria trabalhado no HSBC, Santander/Banespa e, por último, Bradesco.

ERRATA: Ailton Basílio nunca trabalhou no Bradesco como o blog divulgou por um equívoco testemunhal, ao fazer a colocação “se conheceram como colegas de trabalho”.

Ex-colegas de trabalho de Débora confidenciaram que desde o crime de ameaça, o seu marido não teve nenhum compromisso profissional, e era a vítima que praticamente mantinha a casa. O carro eventualmente usado para a fuga era dela. Boatos dão conta de que o Fiat Punto, cor preta, placa ETM-9729/Tupã teria sido visto no litoral paulista. A Polícia Investiga e não tem informações.

AGRESSÕES

Depois do crime ocorrido, ex-colegas de trabalho relatam de que era comum a Débora ir trabalhar com os olhos avermelhados, às vezes roxo, presumindo ter sofrido agressão. “Eu machuquei brincando com os cachorros”, dizia ela despistando a suspeita. De fato, na residência onde o crime aconteceu, Tupinambás, 542 – centro – Tupã foram encontrados cães que permaneceram o tempo todo “guardando” a porta do quarto – cenário do terrível crime.

“VIGILÂNCIA” NA CONFRATERNIZAÇÃO

Foto: WhatsApp
Foto: WhatsApp – Débora e Ailton Basílio

O comportamento doentio do suspeito era visível. Em algumas festas de confraternização realizada pelas empresas em que trabalhava, Débora fazia questão de prestigiar, mesmo sendo vigiada pelo marido. Em um desses eventos, promovido em uma chácara, ele se mantinha à distância como que “cuidando” da vítima.

Alguns amigos pediam para que Débora o chamasse para participar, mas conhecedora do comportamento do companheiro, ela não insistia. Sabia de que ele iria recusar, e até atrapalhar o andamento da festa. Portanto, possivelmente, “preferia suportar” as consequências.

Quatro dias após a morte de Débora, não há sequer informações oficiais sobre a qualificação do principal suspeito – identificado extraoficialmente como Ailton Basílio. Aliás, o acusado é o principal suspeito por ter fugido de casa. Ele também teria sido visto pela última vez acompanhando Débora, quando foi buscá-la na porta do Banco Bradesco. Ela chorava. Débora foi encontrada com sinais de espancamento, esfaqueada três vezes e com a faca encravada no peito.

Morreram seus sonhos e pesadelos. Ficaram esperanças de familiares e amigos, que se mobilizam para gritar o grito incansável de tantos outros (as) – basta de violência à mulher. A passeata acontece neste sábado, às 10 horas, da manhã. A saída será em frente à prefeitura de Tupã, percorrendo a área comercial, através da Avenida Tamoios.

Leia também: Bancária lutou para sobreviver a fúria de seu assassino

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